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O Grupo Seven inaugura, em outubro, a Seven Game, focada na formação e especialização de profissionais para o mercado de jogos eletrônicos.
Com investimento inicial de R$ 2 milhões, a escola ocupará sete andares no centro do Rio de Janeiro e terá capacidade para 1,5 mil alunos, oferecendo cursos com duração média de um ano e meio.
A iniciativa é do professor e coordenador do curso de games Douglas Vargas, especializado na qualificação de profissionais para o mercado de computação gráfica.
Há cerca de um ano observando e pesquisando o setor de entretenimento no Brasil, Estados Unidos e Europa, Vargas percebeu que os cursos nacionais de graduação em jogos digitais deixam a desejar com conteúdos genéricos e pouca especialização, resultando num mercado carente de bons profissionais.
“Nosso objetivo será capacitar os alunos para atuar em todos os momentos da programação de um game - da concepção da história à lógica do jogo - e assim fornecer para empresas jogos educativos, de ação, simulação 2D e 3D”, conta ele.
Vargas afirma, ainda, que a Seven será a única empresa carioca apta a funcionar como Centro de Treinamento Autorizado Adobe, principal fabricante de software para computação gráfica. A escola já negocia a filiação a duas associações representativas da área de games, uma delas internacional.
Na Seven, os alunos serão submetidos, antes de ingressar em qualquer curso, a um teste vocacional. Se a aptidão for por números, por exemplo, o candidato fará a formação em Developer Game. Já os mais aptos ao desenho serão destinados ao curso de Art Game, responsável pelas características peculiares de um jogo, como cenário, roupa e estrutura física do personagem, entre outros.
Mercado
De acordo com a Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames), existem no país 42 empresas que produzem jogos eletrônicos, ou parte deles. Estas companhias empregam, atualmente, 560 profissionais.
Para Vargas, esse número poderia ser bem maior, não fosse a falta de conhecimento técnico que ainda é um obstáculo para a formação de profissionais no país.
Segundo o professor, é necessária uma reeducação cultural, em primeiro lugar. "Para desenvolver a parte criativa e enriquecer o trabalho, é bom que a pessoa vá a museus, teatros, leia bastante e procure estar inteirada sobre o que está acontecendo no mundo da moda e das animações", afirma ele.