RS: 78% das empresas estão otimistas 3m2f35

As empresas gaúchas estão otimistas. É o que revela a  terceira edição do levantamento sobre as expectativas de líderes empresariais do estado em relação à economia brasileira, realizada pela Unisinos.

A pesquisa mostra que 78% dos executivos pesquisados classificam-se como "otimistas" e "muito otimistas" em relação ao desempenho da empresa, enquanto que 2% classificam-se como "pessimistas" e 20% acham que permanecerá tudo igual.

Sobre o desempenho a economia nacional, 70% estão otimistas, 21% pensam que permanecerá igual, 6% estão muito otimistas e 3% pessimistas.

Quanto às prioridades de ações para o crescimento do país predominou a reforma tributária, com 83%, seguida pelos investimentos em educação (14%), outros (2%) e reforma política (1%).

A questão dos impostos também liderou nos obstáculos para crescimento da empresa: 43% apontaram a carga tributária elevada, 36% a falta de pessoal qualificado, 12% a falta de incentivos e 9% outros fatores.

Em relação às expectativas para os próximos seis meses sobre o desempenho econômico do estado, 73% são otimistas, para 22% permanecerá igual, 3% estão muito otimistas e 2% são pessimistas.

Sobre as vendas para o mercado interno, 64% acha que irão aumentar, 23% que se manterão igual, 8% acreditam que aumentarão muito e 5% apostam na redução.

Outro dado animador diz respeito à expectativa do número de funcionários da empresa: 42% dos pesquisados pretende aumentar as vagas, contra 4% que pretende reduzir. Para 54% a expectativa e manter o mesmo número de contratados.

Ainda de acordo com o estudo a maioria das empresas planeja aumentar seus investimentos nos próximos seis meses devido à avaliação positiva do consumo, das vendas e da manutenção do nível de emprego de suas atividades. Mais da metade dos empresários, 54%, pretende aumentar, enquanto que 42% irá manter os mesmos investimentos. Já 2% pretende aumentar muito e o mesmo percentual irá reduzir.

Realizado na Região Metropolitana, no Vale do Sinos e na Serra, e divulgado pela Zero Hora, o levantamento mede o ânimo de comandantes de grandes empresas cujas decisões têm capacidade para influenciar o ritmo dos negócios em todo o estado, critério que provoca concentração de industriais entre os 750 entrevistados.

"Os dados mostram que as expectativas de consumo estão muito próximas do nível de confiança dos líderes. As empresas estão olhando para o consumidor local. Como há projeção de mais emprego, isso significa mais renda e, consequentemente, mais consumo, o que leva à oferta de mais produtos", explica à reportagem de Zero Hora o coordenador do IPM, Guilherme Trez.

Já o economista-chefe do Sicredi, Alexandre Barbosa, afirma que os números do primeiro trimestre foram muito fortes, com projeções para o ano em torno de 7%. O economista lembra que, se o número for confirmado, será inédito ao menos nas três últimas décadas.