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Profissionais da Rumo acompanham status dos trens ao vivo. Foto: Divulgação.
A Rumo, concessionária de ferrovias presente em seis estados brasileiros, está em fase de implantação de um projeto de internet das coisas (IoT) que leva inteligência para o monitoramento dos trens.
O sistema, batizado de Supervisório, utiliza a plataforma de big data da Oracle e a solução de IoT da Amazon.
O chamado conta com 1.163 detectores de descarrilamento de via e vagão, 34 equipamentos de lubrificação de trilhos, 28 controladores de temperatura dos rodeiros e rolamentos dos vagões.
Cerca de 360 mil mensagens por dia são enviadas para um software especializado que faz a análise das informações.
Com a iniciativa, a empresa busca a prevenção de acidentes no transporte de cargas.
A solução da Rumo utiliza a plataforma da Oracle para calcular variações mecânicas nas composições, durante o trajeto percorrido. Assim, o Supervisório permite uma análise de segurança preditiva.
“Já contávamos com sensores nos trajetos para medir informações como a temperatura da roda, que pode indicar problemas mecânicos, mas não havia inteligência de dados envolvida. Agora, o Supervisório pode identificar padrões e tendências para antecipar possíveis problemas”, relata Robson Schmidt, gerente de tecnologia da informação da Rumo.
Com a continuidade do projeto, o objetivo é tornar mais automatizadas as ações de correção do trem para incidentes antecipados pelo Supervisório.
“O sistema está desenvolvido há quase dois meses e sendo implantado em toda malha. Até metade de 2018 este processo estará concluído”, detalha Schmidt.
Para o projeto, iniciado em março deste ano, a equipe de tecnologia da Rumo contou com o apoio da Multirede, de Belo Horizonte, que atua como distribuidora de marcas como Furukawa, Intelbrás, D-Link, Cisco, entre outras.
A concessionária tem 12 mil quilômetros de malha ferroviária no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Com 1 mil locomotivas, a Rumo soma 25 mil vagões e mais de 13 mil funcionários diretos e indiretos.
O projeto de IoT faz parte de uma série de investimentos previstos pela empresa na área de inovação até 2020.
Desde então, a companhia tem recebido investimentos para se tornar mais competitiva. No ano ado, por exemplo, ou a distribuir 2 mil celulares entre os seus maquinistas como parte de um projeto para otimizar o contato com esses profissionais.
Os aparelhos tem o aplicativo Chave na Mão instalado, para que os profissionais realizem diversas atividades, como verificar suas escalas de viagens.