Run2biz aposta em ecossistema low-code de transformação digital 2f3y5p

A Run2Biz, empresa brasiliense especializada em soluções de gestão de serviços, workflow e conformidade, fez um upgrade na sua plataforma para focar no funcionamento em nuvem e explorar novos mercados. 

No mercado há cerca de sete anos, a companhia atuava somente no segmento de gerenciamento de serviços de TI (ITSM, a sigla em inglês) até então. Sua ferramenta era voltada às áreas de e ao usuário e à infraestrutura. 

“Já tínhamos excelentes ferramentas de workflow, interoperabilidade e low code. Com isso, a gente percebeu que poderia fornecer algo a mais, uma ferramenta que fosse um facilitador para a área de desenvolvimento ou para facilitar a transformação digital”, conta Carlos Freitas, presidente do conselho da Run2biz. 

Na versão anterior, a empresa não conseguia botar múltiplos clientes em uma mesma plataforma. Sem a elasticidade de uma operação em nuvem, os custos aumentavam.

Com o objetivo de baratear a implantação em clientes, a companhia começou o desenvolvimento dessa nova geração e rodou a versão beta em teste por quase um ano até o recente lançamento.

“Está totalmente remodelada. Colocamos mais funcionalidades na ferramenta de low code e reformulamos toda plataforma, que antes não era voltada para o funcionamento em nuvem. Além de várias outras coisas, ela permite ser multi-tenant. Ou seja, você botar vários clientes numa implementação só. E tem um nível de segurança muito maior. Em vez de ser simplesmente uma ferramenta de ITSM, ela se tornou um ecossistema de transformação digital”, resume Freitas. 

Entre as soluções adicionadas na nova versão, estão quesitos de inteligência artificial para a busca e a gestão de configuração do ambiente, além da gestão de TI como um todo. No low code, é possível usar IA dentro do desenvolvimento. 

“A IA generativa está presente dentro desse nosso ecossistema fortemente. Você pode se conectar dentro da IA generativa própria ou a buscadores de IA generativa como o ChatGPT para ter respostas. Você pode até usar ela para desenvolver algum objeto, algum complemento para aquilo que não está dentro do low code”, exemplifica Freitas. 

Para isso, a empresa já havia adquirido, há três anos, 50% da 65A tecnologia, startup brasiliense de gestão e orquestração do ambiente de tecnologia com foco em AIOPS. O objetivo foi fazer toda a montagem, arquitetura e análise de risco da infraestrutura de TI. 

Agora, a Run2biz está fazendo a migração dos primeiros clientes para a nova versão da plataforma.

“Cada cliente tem seu banco de dados separado, mas as outras funcionalidades, as outras aplicações, são compartilhadas. Ela gasta mais recursos de nuvem na primeira instalação, mas depois você vai jogando de acordo com a necessidade e isso dá um ganho de uma economia”, explica Freitas.

De acordo com o executivo, agora o foco sai de apenas empresas com foco em e e vai também para clientes finais na área de desenvolvimento de soluções, inclusive startups.

“Hoje, uma startup paga R$ 50 por mês pra ter o nosso programa. E como é low code, você não precisa ter uma grande formação para desenvolver. Uma pessoa que já é meio entendida em TI, com os cursos que a gente dá até digitalmente, consegue fazer uma aplicação em pouco tempo e botar um MVP no mercado utilizando essa nossa plataforma”, afirma Freitas. 

Neste ano, a empresa também nomeou Marcos Dib, ex-vice-presidente da Indra, como seu novo CEO.

Hoje, a Run2biz tem faturamento na casa de US$ 15 milhões e, para 2026, a meta é atingir US$ 1 bilhão. A ideia para o futuro próximo é que a companhia se consolide no mercado nacional e também no internacional.

Fundada em 2018, a Run2biz tem sede em Dallas, nos Estado Unidos, e tem escritórios em Brasília e São Paulo. Com atuação em 100% do território nacional e no país norte-americano, a empresa conta atualmente com 11 parceiros e 23 clientes.

No portfólio, estão nomes como Copasa, Vision One, Educar Games, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e Tribunal de Justiça de Goiás.