
Banrisul é outro dos clientes da Saque e Pague.
A Rede Saque e Pague, empresa gaúcha que criou um caixa automático capaz de receber pagamentos em células e depois usá-las para saques, acaba de avançar um pouco mais no Pará.
O Banpará, o Banco do Estado do Pará, instalará até o final de dezembro mais 30 caixas do tipo, elevando o número total em todo o país para 55.
As primeiras 25 unidades foram adquiridas pelo Banpará em 2013 e instaladas em locais como supermercados, shoppings e postos de gasolina.
“A expansão da parceria com o Banpará mostra que estamos trabalhando para disponibilizar nossa solução aos varejistas e incluir cada vez mais pessoas no sistema bancário”, explica Givanildo Luz, presidente da Saque e Pague.
A Saque e Pague vem avançando devagar. Além do Banpará, são clientes o Banrisul, banco estadual do Rio Grande do Sul e o Banese, o equivalente no Sergipe. A meta é fechar o ano com 120 caixas.
O número está bem abaixo de metas divulgadas em 2012, quando a companhia havia acabado de entrar no mercado e projetava chegar a 1 mil máquinas até o final de 2013.
Agora as metas são de mais longo prazo: 3 mil unidades até 2017, por meio de um plano de investimento de R$ 20 milhões.
Os números até o momento mostram o potencial do ATM: dois milhões de transações efetuadas e cerca de R$ 400 milhões de reais utilizados na rede, entre depósitos e saques.
O posicionamento do Saque Pague é ser uma miniagência bancária, auxiliando as instituições financeiras a promover a inclusão bancária. Atualmente, 55 milhões de brasileiros não tem conta em banco.
“Temos um modelo de terminal que chamamos de miniagência e é considerada uma ótima alternativa à instalação de agências físicas de bancos, que atualmente apresentam alto custo e logística complexa”, afirma Luz.
Com a tecnologia, dinheiro e cheques depositados sem envelopes e no caso de dinheiro, são disponibilizados na conta corrente em tempo real.
No procedimento feito por envelopes, em que os depósitos são compensados apenas no dia seguinte à operação.
O serviço de reciclagem de notas permite que o mesmo recurso depositado seja reutilizado, possibilitando que o equipamento necessite menos visitas para reposição, o que derruba os custos com a segurança necessária.
As máquinas são fabricadas pela Diebold, que possui cerca de 44% do mercado de caixas eletrônicos no Brasil e trabalha com todos os principais bancos do país.
Apesar da Saque e Pague ter falhado em bater suas metas, a empresa ainda é líder no campo no Brasil.
O Bradesco anunciou em julho a instalação do primeiro caixa eletrônico nos mesmos moldes, por enquanto apenas na sua agência conceito localizada no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo.
Parte do atraso da Saque e Pague nos seus planos pode ser culpa da venda da GetNet, um negócio de R$ 1 bilhão fechado em maio.
A GetNet foi, em conjunto com outras empresas do grupo Ernesto Corrêa, como a empresa de multiconvênios Good Card e a prestadora de serviços de TEF Auttar, uma das responsáveis pela criação da Saque e Pague.
A empresa hoje é independente e liderada desde o começo do ano por Givanildo Luz, ex-diretor executivo de vendas e varejo da GetNet. Ele entrou na GetNet em 2010 como diretor de Infraestrutura de TI, vindo da HP.