
Objetivo do governo é economizar bilhões no SUS. Foto: Manuella Brandolff/ Palácio Piratini
O Ministério da Saúde acaba de lançar um edital para informatizar postos de saúde em todo país, com um investimento de R$ 1,5 bilhão por ano inicialmente, chegando a R$ 3,4 bilhões por ano em 2019.
O dinheiro será gasto a partir de um cadastro de empresas das cinco regiões do Brasil para oferecer e de informática, como conectividade, equipamentos e treinamento de pessoal.
A meta é que todas as chamadas Unidades Básicas de Saúde, porta de entrada do SUS e mais próximas da população, estejam informatizadas até o fim de 2018, criando um cadastro nacional de informações em um prontuário eletrônico, com dados de atendimento do paciente, como prescrição de medicamentos, exames e consultas ficarão registrado nacionalmente e poderão ser consultados em qualquer Unidade Básica de Saúde do país.
Um estudo do Banco Mundial estima economia de R$ 22 bilhões por ano com a maior eficiência neste atendimento.
Atualmente, 64% das Unidades Básicas de Saúde não utilizam prontuário eletrônico, equivalente a 27,3 mil postos de saúde. No país, só 30 milhões de brasileiros têm seus dados registrados digitalmente.
Pelo projeto, todas as unidades poderão ser contempladas, inclusive com apoio de custeio para a manutenção dos serviços digitais já oferecidos.
A previsão é que sejam fornecidos até 311 mil computadores, 293 mil tablets, 138 mil impressoras e 42 mil multifuncionais.
O edital para credenciamento está disponível no Portal do Ministério da Saúde. As empresas devem se credenciar informando as características e funcionalidades de suas soluções e municípios em que pretendem atuar.
A previsão é que no início de dezembro as cidades comecem a escolher o projeto que melhor atenda seu território.
Em seguida, a concorrente selecionada deverá realizar uma visita técnica ao município, montando o cronograma de implantação do sistema de informatização das unidades.
A empresa indicada deverá fornecer toda a informatização das unidades, desde equipamentos, dispositivos, sistemas de prontuário eletrônico e conectividade até os serviços necessários de implantação, treinamento, e e manutenção.
O Ministério da Saúde pagará um valor mensal pelo serviço, em um contrato que deve durar 60 meses. A tabela dos valores foi definida por meio de um estudo técnico, e os rees devem variar entre R$ 4 mil a R$ 7 mil mensais para uma UBS padrão.
O valor varia de acordo com a estrutura e dispositivos necessários a cada unidade de saúde, além da classificação de dificuldade em implantar o sistema de informatização no município.
Pelo modelo da proposta, cada empresa será responsável pela solução completa, não haverá necessidade de licitar qualquer outro item.
Atualmente, o Brasil possui 42.495 UBS em funcionamento. Deste total, 15.488 UBS (35%), localizadas em 3.070 municípios enviam dados por meio do Prontuário Eletrônico.
O Ministério da Saúde oferece gratuitamente o e-SUS AB, mas os municípios podem optar por desenvolver ou utilizar seus sistemas próprios.
...................
Sua saúde é importante. Saiba como escolher o melhor Plano de Saúde para você.