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Conhecimento é nova ferramenta da indústria catarinense. Foto: Flickr.com/75905404@N00
O Sistema Fiesc planeja qualificar 795 mil trabalhadores industriais até 2014 – o equivalente a cerca de 1,2% da população do estado, que fica na casa dos 6,2 milhões de habitantes.
A iniciativa, que terá investimento de R$ 330 milhões, integra o movimento A Indústria pela Educação, lançado na sexta-feira, 28, em parceria com o governo do estado e o Fórum Estratégico da Indústria Catarinense, que se comprometeram em oferecer quase 200 modalidades de cursos.
Conforme o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, somente 7% dos jovens entre 15 e 19 anos do estado frequentam cursos de educação profissional.
Para dar uma ideia da necessidade de mudança do quadro, ele exemplificou citando os EUA: de acordo com o dirigente, um trabalhador americano é cinco vezes mais produtivo que um brasileiro.
"Assumo o compromisso de estruturar as capacitações que a indústria precisar, caso não as tenhamos.
Precisamos encher as salas de aula. Necessitamos que a indústria nos ajude a incentivar os jovens e os coloquem à disposição para estudar. Nós vamos qualificá-los", afirmou Côrte.
O projeto tem dois pilares: ampliar a oferta de programas de educação e incentivar empresas de Santa Catarina a destinar mais atenção a ações voltadas para a área.
“A intenção é mostrar os ganhos de competitividade que podem ser obtidos a partir da melhoria dos níveis de formação”, explica o presidente.
Segundo pesquisa realizada em 2011 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o problema da falta de trabalhadores qualificados - seja por educação básica ou por formação profissional - afeta 69% das empresas do país.
Na avaliação de Côrte, esta questão afeta a capacidade das empresas brasileiras de enfrentar concorrentes internacionais.
Ele também citou um estudo da consultoria John Snow, que indica que no Brasil a diferença de produtividade entre os trabalhadores que possuem dois anos de escolaridade e os de cinco anos é de 54%.
No programa catarinense de qualificação, as indústrias do estado serão convidadas a contribuir, por exemplo, com oferta de infraestrutura necessária para a realização de cursos, garantia de o de seus trabalhadores a cursos e premiação aos que se mantiverem estudando, entre outras ações.
No lançamento, o Movimento já teve a adesão de 41 empresas, entre as quais estão Karsten, Buddemeyer, Marisol, Portobello e Inplac.