
Marcos Peigo, CEO e cofundador da Scala. Foto: divulgação.
A Scala Data Centers, uma das maiores empresas do segmento no país, fechou um contrato de três anos para utilizar serviços da Vertiv, fornecedora global de soluções para infraestrutura digital crítica e continuidade.
O contrato inclui soluções de gerenciamento térmico para 11 sites de data centers da Scala no Brasil, Chile e Colômbia.
Na primeira fase, as soluções serão instaladas em seis sites que a companhia está construindo, incluindo dois câmpus no Brasil (em Barueri e Jundiaí, no estado de São Paulo) e outros no Chile, próximos a Santiago. Os data centers da Colômbia serão contemplados com investimentos posteriores.
Nesta primeira etapa, a Vertiv deve entregar 364 unidades de fan coil (um tipo de sistema de refrigeração) para as unidades de tratamento de ar para salas de computadores (CRAH, na sigla em inglês).
A fase também prevê 58 chillers de free-cooling com solução adiabática (aparelhos de ar-condicionado com sistema de resfriamento de água) para data centers hyperscale.
Com isso, a capacidade de refrigeração estimada é de 130 MW, com aproximadamente 93 MW no Brasil e 38 MW no Chile.
Para desenvolver um projeto customizado para a Scala, com uma linha de produção dedicada à cliente, profissionais das áreas de engenharia, pesquisa e desenvolvimento, linha de montagem e testes das duas empresas trabalharam juntos na América Latina e nas plantas de manufatura da Vertiv na Itália e na Eslováquia.
“A Vertiv é uma parceira chave para dar e à Scala para que ela realize a sua missão de construir e operar a infraestrutura necessária para levar os países da América Latina a um novo patamar de digitalização”, afirma Marcos Peigo, CEO e cofundador da Scala.
O acordo ainda prevê um gerente de serviços ao cliente da Vertiv para cada campus, um programa de manutenção preventiva e proativa, além do gerenciamento do estoque de peças de reposição e de equipamentos.
Fundada em 2016, a americana Vertiv está listada na NYSE e faturou US$ 5,6 bilhões em 2022. A empresa conta com cerca de 20 mil funcionários e faz negócios em mais de 130 países.
Já a Scala é oriunda da operação de data center do UOL Diveo, comprada pela DigitalBridge por algo entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões em 2020.
O foco é diferente do UOL Diveo na época. A Scala concorre com players como Odata e Ascenty, que também investem pesado.
No lugar de construir estruturas para serem divididas entre diversos clientes, essas empresas fazem data centers para serem usados pelos grandes players de nuvem.
Todo mundo faz segredo sobre seus clientes, mas a lista não é grande: em primeira linha AWS, Google, Oracle e Microsoft; No segundo time, IBM e as chinesas Tencent e Alibaba, que já operam no Brasil.
A Scala conta com mais de 700 profissionais e, até agora, já investiu mais de R$ 6 bilhões em seus projetos na América Latina.