
Em 2015, a IBM Brasil joga suas fichas na compra de serviços da Scopus - empresa de tecnologia do Bradesco - para impulsionar seus negócios e se recuperar do difícil ano que o setor teve em 2014.
Quem diz isso é Rodrigo Kede, presidente da Big Blue no Brasil. Segundo o executivo, a absorção de parte da Scopus, um negócio feito em julho deste ano, é um dos mais animadores para a companhia. A informação é do Valor.
“Recebemos muita demanda de clientes o que nos deixa animados. E com a presença da Scopus nos 5,5 mil municípios do Brasil, podemos oferecer manutenção, serviços e os sistemas que vão dentro dos aparelhos em todo o país”, afirmou.
Conforme explica o presidente, a unidade de serviços da Scopus começará a ser integrada à operação da Big Blue a partir deste mês, com previsão de ser concluída até dezembro do ano que vem. Segundo Kede, "não faz sentido" manter a divisão adquirida como uma atividade separada.
Ao falar do quadro geral da empresa durante 2014, o presidente não escondeu que teve dificuldades para manter a meta de crescimento estabelecida para o ano.
"Foram meses difíceis com clientes postergando o fechamento de contratos e negociações mais intensas em relação a preço. Mas o saldo final foi positivo", avaliou.
De acordo com o presidente, um dos destaques no fechamento de novo negócios foi a região Nordeste, em que a empresa conquistou um grande número de clientes. Um exemplo foi o contrato para fornecer soluções de BI para a rede de farmácias Pague Menos, com cerca de 710 lojas no país.
Dos segmentos que mais compraram soluções da IBM, Kede apontou as verticais de finanças, varejo e saúde como as mais rentáveis. No saldo final de 2014, a Big Blue termina o ano com cerca de 5 mil cliente, segundo aponta o executivo.
Para 2015, a estimativa de Kede é registrar um crescimento na mesma proporção de 2014.
Além disso, a empresa quer continuar intensificando a sua oferta de soluções no modelo de software como serviço (SaaS), mirando também empresas de menor porte. Segundo Kede, a empresa está engajada em desmistificar a ideia de que a IBM só vende para empresa grande.
"Essa área (empresas menores) será um pilar importante para o crescimento da companhia. Se não for pelas empresas menores, não vamos conseguir avançar nos próximos cinco anos”, completou.