
Daniel Neeleman e Luiz Bonatti. Foto: Divulgação.
A Segware, fornecedora de plataformas de monitoramento das empresas brasileiras de segurança eletrônica, está abrindo uma unidade em Salt Lake City, capital do estado de Utah, com um investimento previsto de US$ 15 milhões nos próximos dois anos.
A companhia já tem um escritório desde 2012 nos Estados Unidos, localizado em Miami, mas ele é focado em países como Colômbia, Peru, Chile e Venezuela. A operação em Salt Lake City visará o mercado americano propriamente dito.
A nova filial acontece depois da entrada na companhia na holding DDN Group, do empresário americano Daniel Neeleman, filho do fundador e controlador da Azul Linhas Aéreas, o brasileiro-americano David Neeleman, que no ano ado adquiriu 49% da empresa.
O envolvimento dos Neeleman provavelmente explica a escolha por Salt Lake City, uma cidade cuja região metropolitana soma 1 milhão de habitantes e que não costuma ser o destino de empresas brasileiras interessadas no mercado americano.
Nascido no Brasil, David Neeleman foi criado em Salt Lake City, cidade mais importante para a Igreja Mórmon, da qual Neeleman é integrante. O empresário também é acionista da Segware.
“Os Estados Unidos possuem o maior mercado de segurança do mundo”, afirma o CEO da Segware, Luiz Henrique Bonatti. “Vamos usar a influência de um sócio americano que conhece a fundo o mercado de lá e tem um bom relacionamento com grandes empresas e fundos de investimento para acelerar o nosso crescimento”, completa.
De acordo com Bonatti, Salt Lake City conta com boas faculdades de engenharia e já é um destino para empresas de tecnologias fugindo dos altos custos do Vale do Silício.
Os planos são de chegar a 40 colaboradores nos Estados Unidos em um ano, o que seria quase o mesmo número dos 60 que ficam na matriz da Segware, em Florianópolis.
A operação americana será comandada por Luciano Moraes, CFO da Segware e que representa a holding DDN Group na sociedade com Bonatti.
No Brasil, o Sigma, principal software da Segware, gerencia mais de 80% dos ambientes monitorados por empresas de segurança. São aproximadamente 1 milhão de contas monitoradas em 10 países.
A Segware projetava um faturamento de R$ 20 milhões em 2017.
Em 2016, de acordo com dados da pesquisa PMEs que mais crescem no Brasil, a Segware teve receita de R$ 8,7 milhões.