
Maurício Prado, CEO da SEK.
A SEK, empresa de cibersegurança bancada pelo fundo de investimento Pátria, acaba de fechar a compra da CleanCloud, uma startup de São Paulo com tecnologias que permitem fiscalizar a segurança e os custos de grandes nuvens públicas.
Não foi divulgado o valor da compra. A CleanCloud tem 30 funcionários listados no Linkedin e atende clientes de grande porte como Cogna, Rede e Algar.
A empresa foi criada em 2016 e tem dois produtos. Um deles é o Inspect, um produto de otimização de custos com dashboards, relatórios e mais de 50 recomendações para reduzir custos.
O outro se chama Score e dá uma nota para o compliance para nuvens da baseadas na AWS, Microsoft Azure e Google Cloud, com mais de 400 verificações de conformidade para os principais frameworks e regulações do mercado, incluindo ISO 27001, PCI, Bacen e LGPD.
As duas soluções estão em alta demanda, na medida em que grandes incidentes de segurança nos últimos tempos envolveram falhas de gestão de segurança na nuvem, e, de maneira mais geral, todo tipo de empresas está tentando reduzir a sua conta com esse tipo de fornecedor.
De acordo com um relatório da IDC de 2022, os investimentos em nuvem na América Latina devem crescer a uma taxa composta anual de 22,2% no período de 2021 a 2025 e alcançar quase US$ 32 bilhões em 2025.
“Não tenho dúvidas de que a aquisição da CleanCloud fortalece ainda mais o nosso portfólio e amplia o nosso potencial para ajudar os clientes a enfrentar os desafios cada vez mais complexos de segurança cibernética a longo prazo", afirma Maurício Prado, CEO da SEK.
O time de fundadores da CleanCloud inclui o CEO Henrique Vaz, que já havia sido fundador da Life Genetics, uma empresa focada na área de saúde; Danilo Damilano o CIO, já ou 11 anos no qD, uma das maiores instituições de pesquisa em telecom no país, e o CTO Jeferson Albino, com agens também no qD, Venturus e Daitan.
Os primeiros os para a criação da SEK foram dados pelo Pátria em 2021, com a compra da chilena NeoSecure e da brasileira Proteus.
A Neosecure é mais forte na correção de fragilidades, ao o que a Proteus se especializou nos chamados testes de intrusão, simulando um ataque em busca de vulnerabilidades nas companhias.
No ano ado, em agosto, o Pátria deu outro o importante ao contratar um CEO: Maurício Prado, ex-vice-presidente para América Latina da Pegasystems.
A companhia não abre quanto gastou em nenhuma das três compras até agora, apenas que o SEK é produto de um “comprometimento” de US$ 250 milhões com o segmento de cibersegurança, sem abrir prazos.
Em março, quando foi divulgado o nome SEK (uma sigla para Security Ecosystem Knowledge) o Pátria abriu algumas cifras para 2023.
A companhia pretende contratar 150 profissionais em 2023, levando o time total para 900, além de investir US$ 15 milhões em desenvolvimento, marketing e contratações.
O faturamento da SEK hoje fica na casa dos US$ 100 milhões, com uma carteira de mais de 650 clientes ativos, um time de 750 profissionais, quatro Centros de Serviços Gerenciados na América Latina, e dois centros de P&D, um nos Estados Unidos e outro em Portugal.
Os planos com o SEK parecem estar algo atrasados. Na época das compras, o Valor Econômico revelou que o plano do Pátria era levar a empresa para a bolsa, além de chegar a um faturamento de R$ 1 bilhão com novas incorporações, duas coisas que ainda não se concretizaram.