
Carlênio Castelo Branco. Foto: Divulgação.
A Senior, empresa de Blumenau especializada em ERP, folha de pagamento e sistemas de controle de o, abriu um concurso com o objetivo de encontrar 10 startups de tecnologia nas quais investir R$ 40 mil cada.
As inscrições do 1ª edição do Inove Senior seguem até fevereiro de 2015. Até 10 startups terão nove meses para desenvolver softwares e/ou aplicativos que transformem os modelos de gestão, com possibilidade de aporte de capital em troca de ações.
A Senior pré-selecionará 50 ideias dentre as inscritas. Destas, 20 serão apresentadas à comissão organizadora através de um pitch.
Além dos R$ 40 mil diretos para que os empreendedores possam viabilizar o sistema em um prazo de até nove meses, a Senior vai direcionar o mesmo volume de investimento para arcar com os custos operacionais durante a aceleração.
Após a primeira etapa de aceleração, as startups que demonstrarem alto potencial de crescimento e valor de mercado estimado de R$ 1 milhão vão receber um aporte adicional de R$ 200 mil da Senior.
Supondo que todas as selecionadas mereçam o segundo aporte, o custo total do programa subiria para R$ 3,6 milhões. Se a metade for investida, R$ 2,6 milhões. Na hipótese mais provável que uma receba, R$ 1 milhão.
“A ideia inscrita não precisa já trazer detalhado o plano de negócios, mas é imprescindível que o produto final seja um software ou um aplicativo e que tenha capacidade de escala”, explica o diretor de Marketing e Produtos, Alencar Berwanger.
De acordo com Berwanger, não é preciso saber programar para se inscrever. Podem participar jovens graduados ou ainda estudando istração, comunicação social, economia, sistemas da informação, engenharia elétrica, ciências da computação ou áreas correlatas.
O foco é em aplicações relacionadas à mobilidade, cloud computing, troca de experiências entre usuários, mídias sociais, bigdata e internet das coisas, com um mercado potencial global e um modelo B2B ou B2B2C.
O projeto faz parte do planejamento estratégico da companhia, que inclui o crescimento por meio de novos negócios, e ganhou força com uma série de visitas ao Vale do Silício realizadas no início do ano por Berwanger e o companhia, Carlênio Castelo Branco.
“Voltamos do Vale do Silício com o conceito muito forte de ‘pensar global e iniciar local’ e queremos desenvolver softwares que possam ser comercializados para outros mercados além do Brasil”, adianta Branco.
O executivo não está sozinho no seu entusiasmo. Nos últimos meses, empresas de tecnologia do Brasil tem feito movimentos mais ou menos efetivos para se aproximar da cena emergentes de startups, de olho no brilho que vem do Vale do Silício.
Talvez o exemplo mais notório até agora seja a Totvs, gigante de sistemas de gestão de quem a Senior tem seguido os os nos últimos tempos, com uma estratégia de aquisições, profissionalização da gestão e concentração do canal.
Em setembro do ano ado, a Totvs anunciou um aporte de R$ 1,7 milhão na Intelie, uma empresa do Rio de Janeiro que desenvolve soluções de análise de dados em tempo real, A companhia foi selecionada entre os mais de 1 mil participantes do concurso Totvs Start it up.
No final do mês ado, a empresa anunciou uma nova oferta para o mercado de saúde, desenvolvida pela Ninsaúde, uma startup focada no mercado de saúde fundada em Porto Alegre no final de 2012.
A companhia inclusive abriu um centro de desenvolvimento em Cupertino, no coração do Vale do Silício, a partir do qual já fechou acordos com empresas locais.
A Totvs não está sozinha por lá. Na mesma época, a integradora Resource abriu uma operação em Sunnyvale, comandada por Fabiana Batistela, filha do fundador da empresa, Gilmar Batistela, que hoje se divide entre São Paulo e Miami.
Em anos anteriores, o movimento já havia sido feito por players mais especializados em mídias sociais, buscas e mobilidade como Movile, F.Biz e Predicta.
Além disso, outras iniciativas como o Centro de Negócios da Apex-Brasil em São Francisco, atendem à demanda por internacionalização de empresas brasileiras que miram a costa oeste norte-americana.
O escritório conta com serviços de e à internacionalização, inteligência de mercado, promoção comercial e o a investidores. Já a estrutura para empresas nascentes é voltada a participantes do programa Start-Up Brasil, criado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia.