
Alexandre Amorim, presidente do Serpro. Foto: Divulgação
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) é a mais nova empresa a entrar para o Cubo Itaú, badalado ecossistema de inovação ligado ao banco, tornando-se a primeira instituição pública a integrar o hub.
Segundo Alexandre Amorim, presidente do Serpro, a chegada ao Cubo é um movimento do Serpro para se aproximar dos atores que compõem a cena inovadora no Brasil.
“Além de pensar e ajudar a desenhar o futuro dos serviços digitais, a companhia quer modernizar sua marca e mostrar que tem rejuvenescido as suas estratégias de negócio e de parceria com universidades, startups e empresas consolidadas”, explica Amorim.
A parceria entre as instituições funcionará por meio do programa Serpro Booster, que oferece vouchers para serviços da estatal e cooperação técnica para inovação aberta às startups do Cubo.
Segundo a companhia, o programa atua como um salto de validação comercial e uma possibilidade de escala para as startups por conta da grande rede de serviços públicos que o Serpro abarca.
Já para o Serpro, o benefício é a possibilidade de absorver e implementar soluções criadas no ambiente do Cubo.
"Ter a parceria da Serpro é abrir um novo caminho para que a inovação impacte diretamente a sociedade, além de ser mais uma possibilidade de geração de negócios para startups e demais atores do ecossistema. Deste modo, enquanto resolvem desafios do setor de tecnologia da informação, escalam de modo sustentável”, afirma Paulo Costa, CEO do Cubo Itaú.
Faz todo o sentido para o Serpro estar próximo ao setor financeiro, já que possui clientes como a Receita Federal e o Tesouro Nacional.
Recentemente, a estatal já havia instituído o programa Serpro Ventures, que busca estabelecer parcerias com startups, empresas, empreendedores e desenvolvedores para criar soluções, especialmente que possam ser aplicadas no governo brasileiro.
Fundada em 1964, o Serpro é uma das mais antigas estatais da área de tecnologia do Brasil, atuando no desenvolvimento de sistemas para o governo brasileiro.
Nos últimos anos, a instituição vem se reposicionando como um intermediário de contratação de computação em nuvem de grandes players como AWS e Huawei para a istração pública em todo o país.
Em 2022, a empresa fechou o ano com uma receita líquida 7,6% maior que em 2021, além de ter um aumento de 61,9% no lucro líquido e registrar 10.856 novos clientes.
Inaugurado em 2015 pelo Itaú Unibanco em parceria com a Redpoint eventures, o Cubo Itaú tem mantenedores como Dasa, VLI, Corteva, São Martinho, Itaú BBA, CNH Industrial, ConectCar, iCarros, Bike Itaú, vec Itaú, Wilson Sons, Saint-Gobain, TIM, Stellantis e NTT Data Brasil.
No ano ado, as startups do hub faturaram R$ 9,7 bilhões, registrando um aumento de 120% em relação a 2021. Para este ano, a meta é um aumento de 113%, com um faturamento médio por startup de R$ 6,6 milhões.