
Você quer uma nuvem? O Serpro tem todas. Foto: Pexels.
O Serpro acaba de incluir a Oracle no seu portfólio de serviços de nuvem, que já inclui AWS, Huawei e Microsoft.
A estatal federal de TI fechou um contrato estimado em R$ 41,5 milhões, por um período inicial de cinco anos.
Assim como nos outros casos, o valor é uma estimativa das vendas que o Serpro visa intermediar com clientes no setor público.
Todos os acordos são diretos, sem licitação, com base em uma dispensa prevista na Lei de Estatais e valem por cinco anos.
O modelo de atuação do Serpro prevê a composição do preço final a partir de duas contas: a unidade de serviço de nuvem, pertencente ao parceiro, e a unidade de serviço técnico, que é a parte do Serpro na equação.
O primeiro acordo do tipo foi com a AWS, em junho de 2020, prevendo vendas de R$ 71,2 milhões. Mais tarde, em meados deste 2021, por R$ 23 milhões e depois com a Microsoft, pelo mesmo valor.
O Serpro está montando um portfólio representativo dos maiores players de computação em nuvem, no qual começa a chamar mais a atenção quem está fora do quem está dentro.
No caso, quem está fora é o Google Cloud, o terceiro grande player na nuvem pública atrás de AWS e Microsoft; a IBM, cuja tecnologia de nuvem híbrida poderia ser de interesse em alguns casos e algum grande data center brasileiro.
Em junho do ano ado, o Serpro abriu estar com 100 potenciais clientes na istração pública, potenciais interessados em migrar parte de seus sistemas para a nuvem da AWS.
O governo federal está fazendo grandes investimentos em migração para nuvens públicas de grandes fornecedores internacionais.
Em abril, a Extreme Digital Solutions, uma empresa de médio porte com forte presença no setor público, foi a ganhadora do pregão da para escolher uma integradora de nuvem pública para o governo federal, com uma proposta de R$ 65,94 milhões.
A empresa fez uma proposta combinando as nuvens da AWS, Huawei e Google. Ao todo, 44 órgãos públicos mostraram interesse.
O desconto oferecido foi significativo, uma vez que a licitação chegou a ser estimada inicialmente em R$ 340 milhões.
De qualquer maneira, as contratações finais podem ser muito superiores ao valor fechado inicialmente.
Organizada pelo Ministério do Planejamento ainda no governo Michel Temer, em 2018, a primeira licitação do tipo foi vencida pela Embratel com a nuvem da AWS, com um valor inicial de R$ 30 milhões para 10 órgãos. Com 13 adesões posteriores, o valor chegou a R$ 55 milhões.