PRODUTO NACIONAL?

Setor chia com nova orientação da CEF 5d5x2z

Representantes da Assespro reclamam de falta de preferência para o software nacional. 3t591e

29 de julho de 2014 - 11:17
Chiadeira não deve produzir grandes resultados.

Chiadeira não deve produzir grandes resultados.

Até que demorou, mas a estratégia da Caixa Econômica Federal de transferir contratos dos seus fornecedores brasileiros para a Capgemini despertou a chiadeira do setor de TI nacional.

A insatisfação foi ventilada pelo site brasiliense Convergência Digital, ao qual o presidente da Assespro do Distrito Federal, Jeovani Salomão, fez críticas acusando o banco estatal federal de “não prestigiar a indústria nacional”.

“A questão da remessa de lucro para uma multinacional sa é uma consequência mais imediata. Eu tenho a crença de que o governo brasileiro tenha o interesse em desenvolver a indústria brasileira. O que se está comprando da M Braxis não é tecnologia mas, sim, a capacidade de algo ser desenvolvido aqui", afirmou Salomão ao portal.

A movimentação começou em junho de 2012, quando a Caixa Participações, braço de investimentos da Caixa Econômica Federal, comprou 22% da então M Braxis Capgemini (hoje a marca brasileira sumiu do nome, ficando só a da gigante sa) por R$ 321 milhões.

Parte do acordo era que a CEF se comprometeria a usar a multinacional sa como seu fornecedor preferencial de tecnologia pelos próximos 10 anos.

Empresários brasileiros não indentificados ouvidos pelo Convergência Digital dizem que desde então a a CEF vem “rompendo contratos unilateralmente” com empresas brasileiras e os reando para a multinacional pelo “triplo do preço”.

O site não cita quais seriam os contratos substituídos – isso entregaria quais os empresários que estão se queixando – mas cita negócios como a implantação do ERP da SAP, um projeto de R$ 518,4 milhões fechado no ano ado.

Outros contratos de menor porte levantados pelo Convergência incluem um novo sistema de internet banking e projetos relacionadoas a data center.

Segundo Jeovani argumentou ao site, a CEF poderia ter contratado empresas como a BRQ, com soluções bancárias, além da Totvs para o sistema de gestão, por exemplo.

Embora o governo federal mantenha um discurso de favorecimento de desenvolvimento de tecnologia nacional, na prática a pressão setorial não deve resultar em uma alteração da estratégia de TI da Caixa Econômica. 

A política de reserva de mercado para empresas brasileiras está hoje concentrada no selo Certics, com o qual companhias podem ter vantagens em licitações públicas por possuir tecnologia considerada nacional.

A catarinense Dígitro e a carioca Módulo são as duas únicas certificadas das quais a reportagem do Baguete teve notícias. Elas podem vencer uma licitação mesmo tendo um preço 18% superior aos concorrentes. Ambas tem produtos já difundidos dentro do governo.

A Caixa já sinalizou em outros aspectos que está disposta a seguir uma política de TI independente das diretrizes do governo em outros assuntos, como por exemplo a preferência por adoção de softwares livres, dos quais o banco estatal costumava ser um case.

Em junho de 2012, o banco comprou uma penca de produtos Microsoft por um valor total de R$ 112,09 milhões. 

Foram adquiridas milhares de licenças da suíte de escritório Office, do serviço de e-mail Exchange, sistemas operacionais para servidores, soluções de comunicação Lync, Sharepoint, bancos de dados SQL e um longo etc.

A autonomia em TI é mais do que compensada pelo papel que a Caixa exerce em levar a cabo políticas de governo, mesmo contra o que seriam os seus melhores interesses, bancáriamente falando.

Nos últimos anos, o banco foi um dos esteios da política do governo federal de tentar reduzir a taxa de juros no mercado, oferecendo crédito abaixo do preço da concorrência. [Neste ano, com a alta da taxa do juro, o banco se viu obrigado a se aproximar mais das médias].

Recentemente, a revista Exame revelou em detalhes como a Caixa acabou fazendo um empréstimo de R$ 1,4 bilhão entre parcelas e juros para o Corinthians construir o Itaquerão, em um negócio com garantias para lá de duvidosas da qual bancos privados, e mesmo o semi estatal Banco do Brasil preferiram ar longe.

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