BIM é uma nova tendência em obras públicas. Foto: PI / Shutterstock.com
A Sistran, uma das maiores empresas brasileiras de engenharia especializada em projetos de infraestrutura na área de transportes, acaba de adotar o Revit, da Autodesk, como sua ferramenta para modelagem de informações da construção (BIM, na sigla em inglês).
Com o contrato, a empresa está substituindo o software da Graphisoft. A Sistran já usava os softwares AutoCAD e Civil 3D para os seus projetos.
“Adotamos anteriormente uma solução tecnológica que nos manteve isolados do ecossistema deste setor”, avalia Gabriel Feriancic, diretor de Engenharia da Sistran. “Chegamos a considerar utilizar as soluções da Autodesk combinadas com outro fornecedor, mas abandonamos esta ideia depois que nossa equipe mostrou total aceitação pela Autodesk”, completa o executivo.
Para Douglas Carnicelli, gerente de território da Autodesk Brasil, ter a Sistran no portfolio de clientes é extretamente estratégico para a companhia, por se tratar de uma empresa cujos processos e metodologia são tidos como modelo para todo o mercado de infraestrutura local.
A Sistran foi fundada em 1991 e tem hoje 130 colaboradores. Em 2012, ou a integrar o grupo espanhol GPO, no qual já responde hoje por quase 60% do faturamento, que em 2014 chegou a 23 milhões de euros. Uma das obras mais conhecidas da empresa é a linha seis do metrô de São Paulo.
O conceito de BIM é uma evolução do trabalho de design em softwares de CAD 3D, pela qual fornecedores podem apresentar em forma eletrônica, detalhada e em tempo real, todo o ciclo de vida de uma construção, da arquitetura à execução final.
Levantamentos da Autodesk apontam que o custo do desperdício em obras no Brasil chega a 30% do valor total, frente a uma média mundial de 8%. Com R$ 225 bilhões em investimento na construção esperados até 2016, a estimativa significa R$ 67,5 bilhões jogados fora.
O BIM é uma evolução do trabalho de design em softwares de CAD 3D, pela qual fornecedores podem apresentar em forma eletrônica, detalhada e em tempo real, todo o ciclo de vida de uma construção, da arquitetura à execução final.
O tema é importante para companhias como a Sistran, uma vez que o BIM está em alta quando o assunto são licitações públicas. O governo, principalmente em nível federal, vem fazendo movimentações nesse sentido desde 2007.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão com orçamento anual de R$ 20 bilhões, vem fazendo ruídos desde 2012 sobre adotar o BIM como requisito obrigatório em licitações.