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Igor Petlyakov.
A Softline, distribuidora russa de software parceira de multinacionais como Microsoft, Oracle, VMware, Citrix e Veeam, acaba de abrir as portas no Brasil, por meio de uma sede em São Paulo e uma filial em Salvador, na Bahia.
A companhia anunciou investimentos de mais de US$ 20 milhões na operação brasileira para os próximos três anos.
“Nossos planos para o Brasil são bem otimistas e vamos trabalhar duro para atingir nossos objetivos de negócios. Para o próximo ano, a empresa planeja abrir outras duas filiais para melhor cobertura geográfica”, afirma Igor Petlyakov, vice-presidente da Softline Internacional, que esteve em São Paulo nesta quarta-feira, 22, para o lançamento da empersa no país.
A Softline é uma empresa de porte, com faturamento de U$ 950 milhões em 2013 e a meta de superar o US$ 1 bilhão neste ano. A companhia já está presente em 27 países com mais de 79 escritórios.
Sobre a América Latina, a estratégia da empresa parece ter sido comer pelas bordas, abrindo primeiro operações no Chile, Argentina e Venezuela para depois se arriscar no principal mercado da região. O México está nos planos para 2015.
A principal contratação da empresa no Brasil é o diretor de Marketing Roger Melo. Ex-diretor de Marketing da AMD, Melo exerceu a mesma função na Intel em nível latino americano e foi gerente de comunicação corporativa da Microsoft no Brasil.
Além de Melo, a reportagem do Baguete conseguiu averiguar outras seis contratações no Brasil, a maioria de profissionais com até cinco anos de experiência, incluindo dois ex-SoftwareOne, multinacional suíça que atua como distribuidora Microsoft no Brasil.
A Softline chega ao país em um momento no qual o segmento de distribuição nacional parece ter entrado na mira de grupos estrangeiros. Nos últimos meses, dois distribuidores nacionais (Network1 e CNT) foram adquiridos por grupos de fora (ScanSource e Arrow, respectivamente).
Com estimativa de vendas líquidas para 2014 de R$ 850 milhões e 400 funcionários, a Network1 era uma das maiores distribuidoras do Brasil.
A chegada de empresas como a Softline, com grande capacidade de investimento e aparentemente dispostas a construir sua presença do zero, é outro adicional no cenário.
Agora é ver como o mercado como um todo vai se comportar. O segmento vem diminuindo suas taxas de crescimento há três anos, ando de 7% em 2012 para apenas 2% em 2013 de acordo com dados da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação (Abradisti).