Startup brasileira de mudança para o Chile 4p601t

De olho no networking e na internacionalização, a mineira Deskmetrics está de mudança para o Chile. Participante do programa Startup Chile, a empresa – atualmente formada por quatro pessoas, incluindo um empregado dos Estados Unidos – desembarca em 16 de junho em território chileno para dividir um prédio com outras empresas de 33 países, entre eles Finlândia, Canadá, Portugal e nações africanas. 71541i

22 de novembro de 2011 - 15:03
Bernardo Porto, da DeskMetrics

Bernardo Porto, da DeskMetrics

De olho no networking e na internacionalização, a mineira Deskmetrics está de mudança para o Chile.

Participante do programa Startup Chile, a empresa – atualmente formada por quatro pessoas, incluindo um empregado dos Estados Unidos – desembarca em 16 de junho em território chileno para dividir um prédio com outras empresas de 33 países, entre eles Finlândia, Canadá, Portugal e nações africanas.

A troca de experiências é o que mais chama a atenção dos empresários brasileiros, desenvolvedores de uma ferramenta de métricas para aplicativos que já foi chamada de Google Analytics dos apps.

“Somos uma empresa global, e precisamos conhecer nossos clientes globais. Por isso, estamos fechando o escritório em Belo Horizonte e estamos indo pra lá. Tô levando até o americano”, comenta Bernardo Porto, CEO e cofundador da Deskmetrics.

O movimento da empresa reforça a onda de companhias brasileiras que tem se beneficiado desse  programas incentivo. Além da DeskMetrics, outras cinco empresas brasileiras – como CapsDoc, JobConvo, Zuggi, Novelo e GPMX – já foram selecionadas pelo programa chileno.

US$ 40 mil para o Chile
O piloto do programa chileno foi criado em 2010, mas o primeiro grupo de empresas selecionadas começou a funcionar em Santiago este ano. A ambição delineia a meta do governo: atrair 1 mil empreendedores até 2014 e transformar o país em centro de inovação na Améria Latina.

Este ano, foram mais de 650 inscrições.

Com previsão de faturamento de R$ 400 mil em 2011, a empresa recebeu um crédito de US$ 40 mil do programa em despesas reembolsáveis. Desse total, 10% sai do bolso do próprio participante.

“É como se a gente também estivesse investindo no Chile”, diz o empresário.

No final, destaca Porto, o dinheiro não chega a ser um aporte: “é, na verdade, um reembolso”. E essa não é a única experiência internacional recente da companhia mineira.

Pra nunca mais voltar?
Atualmente, a empresa já está abrindo uma unidade nos Estados Unidos, possível novo lar da companhia. Porto esclarece que a empresa já é “global”, com poucos clientes no Brasil e muitos fora.

A ideia de chegar aos EUA não é só a facilidade maior de vendas, mas de o a dinheiro.

“Não sei ainda se fico (no Chile) se volto (para o Brasil) ou se vou (para os EUA). O que sei é que lá (nos EUA) tem um conceito muito bacana que pegar grana de vários fundos de investimento em quantias menores e a burocracia é muito mais simples”, explica Porto.

Aportes de US$ 1 milhão
Lançada em outubro de 2010, a DeskMetrics já obteve um investimento US$ 200 mil de um investidor local. Na próxima rodada, os mineiros são mais ambiciosos, e miram em US$ 1 milhão.

“Isso é o mínimo que queremos. Nosso produto tem potencial e miramos em clientes de volume, como Skype, MSN, jogos. Temos condições de chegar lá”, empolga-se Porto.

Como funciona
Num modelo de cobrança por itens,  – número de aplicações, número de dados, tempo de histórico (hoje, um ano atrás, três anos) – o DeskMetrics monitora o uso de um software. Dados como vezes em que foi ado, áreas em que clicou no programa e outros são oferecidos aos desenvolvedores.

Segundo o sócio da empresa, tudo sem prejudicar o usuário, que diz se quer ou não permitir o uso, ou em contrato, ou autorizando caso a caso.

“A gente não traqueia um usuário único”, explica.

Na prática, ele quer dizer que os dados não são enviados por usuário individual, mas sim é feita a análise de grupos maiores, em que os indivíduos são somados e não identificados.

“Mas tudo isso tem que ser conversado com o cliente. Hoje, nossa limitação são as diferenças culturais, e o Chile vai ser estratégico nesse sentido. Vamos conviver com pessoas que conhecem a cultura empresarial dos nossos clientes em potencial”, completa Porto.

Para o empresário, soma-se ao atrativo da interação com estrangeiros a falta de incentivos similares no Brasil, que “só ajuda a espantar as iniciativas nacionais”, critica o empresário.

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