
Investimentos de fundo são realidade para poucas startups. Foto: https://www.flickr.com/photos/zabowski/
Só um grupo muito pequeno de startups em atuação no Brasil, ao redor de 2% do total, recebeu um aporte de capital de volume maior parte de fundos de investimento, conhecidos no jargão da área como série A, B ou C.
Para a grande maioria, 73,8%, a realidade é não ter recebido nenhum investimento de qualquer tipo.
É o que apontam dados do Mapeamento de Comunidades 2020, feito pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) com base em dados da Startupbase, considerada a referência no assunto no país.
Das startups que tiveram aportes, a maior parte foi aportada por investidores anjo (41,5%), seguido por Seed (28,4%) e aceleradoras (21,6%) e 8,5%, os famosos aportes indicados por letras, como série A, B ou C, indicando no caso se o valor é o primeiro, segundo ou terceiro colocado numa empresa por fundos.
Quanto à origem dos investimentos, 43,6% vieram de investidores locais; 26,8% de outro estado; 21,9% do mesmo estado e apenas 7,7% internacional.
A maioria (51,5%) dos negócios de inovação no Brasil também não foi incubada, acelerada ou pré acelerada.
As cifras apontam uma dose de sobriedade em relação ao noticiário de tecnologia, que tem trazido nos últimos meses muitas notícias de aportes milionários de fundos de investimento, muitas vezes internacionais.
Quanto a faixa de faturamento das pesquisadas, a maioria (41,9%) ainda não tem faturamento; 13,5% faturam entre R$ 50 a R$ 250 mil e 11,8% têm faturamento entre R$ 10 e R$ 50 mil.
Fundada em 2011, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) é uma entidade sem fins lucrativos, que possui mais de 13 mil startups em sua base de dados e tem como missão promover o ecossistema brasileiro de startups nacionalmente e internacionalmente.