
A utilização do sistema deve começar em outubro de 2023. Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Os ministérios da Saúde e da Educação am um acordo de cooperação técnica que permitirá o uso do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU) em todas as instâncias especializadas de média e alta complexidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Desenvolvido nos últimos 10 anos, o app gratuito já é utilizado nos 41 hospitais universitários federais geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com 3 milhões de os mensais.
O sistema, que já tem uma base de 25 milhões de pacientes e 83 mil usuários cadastrados, é dividido em módulos como internação, registro do atendimento ambulatorial, estoque com rastreabilidade, exames, cirurgias e prontuário eletrônico.
Através do prontuário eletrônico, os profissionais arão a ter o ao registro de saúde prévio do paciente atendido na rede hospitalar, como consultas, internações e medicações prescritas, permitindo a continuidade do atendimento.
Com dados integrados à Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), a ferramenta também deve permitir que mais informações sejam disponibilizadas aos cidadãos por meio do ConecteSUS.
Segundo o Ministério da Saúde, o aplicativo também vai permitir a integração de ensino e serviço e apoiar a gestão assistencial e de suprimentos das unidades.
A utilização do sistema nos hospitais especializados do SUS deve começar em outubro de 2023
Até lá, o Comitê Estratégico do AGHU, também criado no acordo assinado, vai trabalhar na elaboração do documento que detalha a estratégia de capacitação e elaboração de conteúdo para os envolvidos no projeto.
A ideia é orientar as diretrizes gerais de desenvolvimento e disseminação do aplicativo.
O comitê também será responsável pela disponibilização de forma contínua e mais atual da versão da ferramenta, pela implantação do serviço de e aos hospitais e serviços especializados do SUS e pela ampliação da equipe de desenvolvimento do software.
"É um aplicativo a ser instalado localmente, em cada hospital, e menos vulnerável a ataques virtuais. É uma inovação mais que necessária, pois vamos criar um processo de desenvolvimento colaborativo, com mais rapidez na construção de novas funcionalidades”, afirma Arthur Chioro, presidente da Ebserh.
Segundo Chioro, a implantação deve gerar uma economia de R$ 3 bilhões para estados e municípios nos próximos cinco anos.
Deste total, R$ 2 bilhões seriam relativos apenas ao custo de implantação de um sistema de gestão hospitalar, caso 3 mil hospitais façam adesão ao AGHU. No campo da manutenção, a economia estimada é de R$ 1 bilhão caso entrem 600 hospitais por ano.