
Sérgio Toshio, vice-presidente e gerente geral da SUSE para a América Latina. Foto: Divulgação.
A SUSE vê novas tendências de mercado, como DevOps e infraestrutura definida por software, como um atrativo para novos canais em seu programa de parceiros.
Hoje, cerca de 100 empresas atuam de forma significativa como canais da SUSE no Brasil.
“O número teve uma mudança após a separação da Micro Focus, pois muitos parceiros do grupo aram a vender SUSE por acaso e não estão sendo considerados nesse momento. Estamos recrutando hoje novos parceiros com alto nível técnico que buscam a empresa pela oferta que vai além do sistema operacional”, relata Sérgio Toshio, vice-presidente e gerente geral da SUSE para a América Latina.
Em março, a SUSE voltou a atuar de forma autônoma, após a conclusão da compra da empresa pelo grupo de investimentos sueco EQT por US$ 2,53 bilhões. Antes, a empresa fazia parte do grupo Micro Focus, depois de ar pelas mãos da Novell (de 2003 a 2011) e da Attachmate (entre 2011 e 2014).
O programa de canais tende a crescer, na visão do executivo, por causa do portfólio e das tendências de mercado.
“Hoje, muitas empresas que trabalham com DevOps e containers buscam a SUSE pois veem possibilidade de explorar esse mercado com as soluções da empresa. Então, o crescimento do programa tem relação com áreas como essas”, destaca.
Para atuar como revenda, é possível se cadastrar no programa da SUSE. Para subir ao nível Accredited, é preciso montar um plano de negócios e receber treinamentos e certificações. Já o nível Solution, além de mais certificações, exige diversos especialistas em SUSE atuando na empresa.
Na América Latina, a SSYS, empresa de Campinas especializada em desenvolvimento de software, é a única parceira Solution da SUSE. Globalmente, cerca de 20 empresas integram este nível.
Globalmente, as vendas indiretas representam cerca de 90% dos negócios da SUSE.
Ainda hoje, a solução de sistema operacional Linux Enterprise é o core-business da SUSE, mas o crescimento da empresa e dos parceiros interessados em atuar com a companhia a pelas novas tecnologias ligadas ao processo de transformação digital
“Com esse caminho, as empresa buscam soluções para montarem sua infraestrutura de uma forma diferente, então a SUSE tem desenvolvido soluções de infraestrutura e armazenamento definidos por software, que foge do modelo tradicional”, detalha Toshio.
A solução SUSE Manager, por exemplo, foi projetada para ajudar as equipes de DevOps e operação de TI a reduzir a complexidade e controlar o ambiente de TI com uma única ferramenta para gerenciar sistemas Linux em várias arquiteturas. Ela automatiza o aprovisionamento, a aplicação de patches e a configuração de servidores Linux e de dispositivos de IoT.
“Outra área trabalhada com muita força hoje é a de armazenamento definido por software, muito usado para armazenamento de imagens, dados históricos, backups, vídeos e áudios. Com IoT e big data, o que mais cresce nas empresas são dados estruturados e não-estruturados. O custo de armazenamento para esses dados que não serão ados com frequência é alto, então a alternativa definida por software é mais eficiente e ível”, explica Toshio.
Além do Brasil, a SUSE tem operações também em outros 33 países.
A SUSE apresentou crescimento de 15% no ano fiscal de 2018, chegando próximo da marca de US$ 400 milhões em faturamento. As operações da empresa em todas as regiões do mundo tiveram crescimento de faturamento no ano ado.
* Júlia Merker viajou a Nashville para a SUSEcon 2019 a convite da SUSE.