
A chapa segue quente na Symantec. Photo by wenping wang on Unsplash.
A gigante de segurança Symantec fritou mais um CEO, depois da divulgação de resultados pouco expressivos para o ano fiscal 2019.
Agora foi a vez de Greg Clark, que estava no comando da empresa desde 2016. Clark era o CEO da Blue Coat, que a Symantec comprou em agosto de 2016 por US$ 4,65 bilhões visando dar uma sacudida na empresa.
A Symantec é forte em segurança on premise, enquanto o forte da Blue Coat é cloud computing.
A companhia já fez tacadas parecidas no ado que não deram certo, como a compra da companhia de storage Veritas em 2005, por US$ 13 bilhões.
Os dois negócios nunca conseguiram se integrar bem e Symantec acabou separando as empresas no ano ado, ao vender a Veritas para o fundo Carlyle Group por um total de US$ 8 bilhões.
Como na última transição de CEO, o anúncio foi repentino e não há um nome definitivo para a posição.
No ano de 2019, a Symantec ficou estagnada em vendas, ando de US$ 4,73 bilhões para US$ 4,83 bilhões. O lucro líquido sumiu, caindo de US$ 1,13 bilhão para apenas US$ 31 milhões.
As coisas não andam fáceis na Symantec. Em abril do ano ado, as ações levaram um tombo depois que empresa informou o início de uma investigação interna sobre sua contabilidade visando revisar números. Um acionista está processando a empresa.
ENQUANTO ISSO, NO BRASIL...
No Brasil, a Symantec também gira executivos no comando sem parar desde 2014.
Em março, Márcio Lebrão, ex-diretor de vendas para segurança da Micro Focus no Brasil, assumiu o cargo de country manager na Symantec.
O country manager anterior, Marcos Oliveira, durou um ano e meio no cargo, do qual saiu em setembro do ano ado (hoje o executivo comanda a Palo Alto).
Oliveira era também experiente na área de segurança, vindo de uma agem de sete anos pela posição de country manager na Blue Coat, uma companhia adquirida pela Symantec em 2016.
Oliveira foi antecedido por Eduardo Souza, contratado em 2015 vindo da Dell, onde era gerente geral regional de vendas do Brasil.
Souza substituiu Sérgio Chaia, ex-presidente da Nextel que assumiu a subsidiária brasileira da Symantec em março de 2014 e saiu em maio de 2015.
Em comum, Chaia e Souza tinham o fato de não ser profissionais de carreira na Symantec, uma mudança na trajetória da empresa, que até 2014 tinha um quadro interno muito estável.
Em 2014, no entanto, a Symantec demitiu basicamente todos seus executivos no alto escalão no país, muitos deles profissionais com mais de uma década de casa.
A aposta foi por uma mexida profunda liderada por Chaia, um executivo de alto calibre, mas sem experiência prévia no mundo de segurança da informação e uma carreira feita em empresas voltadas a consumidor final como Sodexo, Pepsico e Pfizer.
A Symantec mexeu a fundo no time de vendas como um todo, renovando 60% da equipe com 30 profissionais oriundos de companhias como IBM, EMC, Dell e Telefônica. A equipe no país ao todo tem 100 pessoas.
O discurso era “mostrar que a Symantec é mais que uma provedora de produtos de segurança”. Um ano depois, Chaia havia saído.