
Caio Bonilha saiu da Telebras.
A Telebras constituiu uma t-venture para construir um cabo submarino ligando o Brasil à Europa, um projeto com investimento previsto de US$ 185 milhões.
As participações acionárias no empreendimento, chamado de JVCo, serão de 35% da Telebras + 20% de fundos de investimentos + 45% da IslaLink Submarine Cables.
Os acertos para a abertura da t-venture já começaram e a Telebras espera concluir essa etapa até junho, iniciando as operações já no segundo semestre deste ano.
A previsão é de que o cabo entre em operação em 18 meses após o início das obras, informou o novo presidente da Telebras, Francisco Ziober Filho, durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, 15.
Atualmente, há cinco cabos submarinos ligando o Brasil e o exterior, sendo que quatro deles vão para os Estados Unidos e apenas um para a Europa.
A construção do cabo é considerada estratégica pelo governo brasileiro, para aumentar a segurança das comunicações entre Brasil e Europa, uma vez que o cabo existente é usado quase que exclusivamente para comunicação de voz e o restante do tráfego acaba ando pelos Estados Unidos.
A Telebras também celebrou memorando de entendimento com as empresas Silica Networks Argentinan S.A. e Silica Networks Chile S.A. para estabelecer parceria para construir, operar e manter uma rede de fibra ótica para estabelecer uma conexão entre o Brasil, na cidade de Uruguaiana, e a Argentina, na cidade de Paso de Los Libres, província de Corrientes, com ligação direta ao Chile, o que possibilitará à Telebras o o às redes na costa do Pacífico.
A Silica Networks Argentina e a Silica Networks Chile são detentoras de redes de fibras ópticas com backbones de alta capacidade que interligam as cidades de Santiago do Chile, Mendoza, Cordoba, Rosario, Buenos Aires, Bahía Blanca, Neuquen, Bariloche, Osorno e Paso de Los Libres.
Outra prioridade, de acordo com Ziober, será a instalação de escritórios regionais da Telebras em Belém, Fortaleza, Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília. O objetivo é aproximar a estatal dos clientes regionais e facilitar o e à fiscalização das obras.
BONILHA SAIU
Ziober substituiu na Telebras o presidente Caio Bonilha, que decidiu antecipar a sua saída da empresa, ele tinha mandato até abril de 2015.
Bonilha alegou “motivos pessoais” e afirmou que a Telebras entrou em um novo ciclo de funcionamento, agora voltada para atender as redes de governo, com mais segurança, investindo na construção de redes de fibra óptica metropolitanas.
Francisco Ziober Filho foi para a Telebras em setembro de 2012, já tendo ado pela diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil e pela vice-presidência de Tecnologia dos Correios.