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Instituto Mauá e Vivo juntas na IoT. Foto: divulgação.
A Telefônica Vivo e o Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) firmaram uma parceria para desenvolver tecnologias inovadoras de olho na Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), uma das tendência mais fortes para o futuro da tecnologia.
Com o acordo, durante o ano alunos do curso de Engenharia de Controle e Automação matriculados na disciplina eletiva “Programação de Interfaces com Dispositivos Móveis” estão aprendendo a programar celulares e a fazer a interação das aplicações com objetos.
A iniciativa faz parte de uma parceria entre o Centro de Inovação da Telefônica Vivo e a instituição de ensino superior, que tem campi em São Paulo e São Caetano do Sul. A finalidade é preparar os futuros engenheiros para interagirem com aplicações para IoT.
As aulas são ministradas tanto por profissionais do Centro de Inovação da empresa quanto por docentes da Mauá, o que proporciona uma troca de conhecimento dos alunos com profissionais do mercado.
“Estamos criando um ecossistema de desenvolvimento de soluções que inclui a ponta de lança da inovação, que é a universidade”, explica Pablo Larrieux, diretor do Centro de Inovação da empresa.
Segundo ele, a próxima onda de crescimento da Internet será originada pela conectividade de coisas, objetos e sensores, que darão nova vida e funções aos elementos cotidianos que conhecemos hoje.
Para o professor do Instituto Mauá de Tecnologia, Anderson Harayashiki Moreira, no futuro será possível que os objetos criem facilidades a partir da automatização de diversas tarefas e trocas de informações.
“Do ponto de vista dos negócios, muita coisa poderá mudar e esta parceria entre a Mauá e a Telefônica Vivo é uma ótima oportunidade para capacitar os alunos que já possuem um perfil empreendedor a desenvolverem soluções tecnológicas que venham a se tornar possíveis startups”, afirma o professor.
Não é de agora que a Telefônica dirige suas atenções para a Internet das Coisas. Depois de inaugurar um data center de R$ 400 milhões no interior de São Paulo em 2013, a empresa agora aposta na internet fora do celular e na conexão de diferentes dispositivos, como automóveis, geladeiras ou medidores de energia.
"Existem ainda diversas dúvidas de como esse serviço será tarifado, quais impostos teremos de recolher, problemas com padronização de tecnologias. Mas não podemos deixar de olhar com atenção para isso", disse Antonio Carlos Valente, presidente do Grupo Telefônica no Brasil, no início do ano.
Segundo dados do IDC, o mercado tem muito potencial, com um percentual de crescimento anual de 7,9% até 2020, quando deve chegar a render cerca de US$ 9 trilhões.