ENCHENDO O CARRINHO

Totvs: às compras, sem volta 4m4p2t


03 de abril de 2012 - 17:32
Laércio Cosentino.Foto: Gláucia Civa

Laércio Cosentino.Foto: Gláucia Civa

A Totvs pretende manter o crescimento inorgânico, baseado em compras de fabricantes de softwares de nicho como varejo, saúde, educação e transportes.

Uma estratégia que o presidente da companhia, Laércio Cosentino, chama de “um caminho sem volta”, que já envolveu 45 operações de M&A ao longo da história da empresa.

Pelo caminho, destacam-se compras “maxi” da Totvs, como as da Microsiga, Logocenter e  RM, em 2005 e 2006; Datasul, em 2008; TotalBanco, que começou em 2009 e foi concluída em 2011, e Gens, franquia Datasul arrematada também no ano ado.

Em novembro ado, a companhia unificou em uma operação no Tecnopuc todas as operações de saúde e financials – TotalBanco e Gens -, de onde desenvolve software para todos os 23 mercados internacionais onde atua.

“Crescemos a taxas entre 15% e 20% há 20 anos, e projetamos manter a expansão orgânica e inorgânica. Neste ponto, não há no Brasil empresa de ERP básico cuja aquisição vá nos fazer diferença, no momento”, afirma Cosentino. “Mas temos caixa para compras, e nos interessa fazê-las, em nichos específicos”, completa.

O presidente falou ao Baguete nesta terça-feira, 03, durante a inauguração do novo espaço do Núcleo Empreendedor da PUC-RS, do qual a companhia é parceira para formação de talentos.

Olho nos talentos
Uma aliança que também reforça os objetivos da Totvs de investir em pesquisa, desenvolvimento e formação de profissionais para amplificar o Brasil nas ondas mundiais.

“Queremos ser um referencial global, coisa que hoje o Brasil pouco tem, em marcas em geral”, afirma Cosentino.

“Somos a única empresa brasileira a desenvolver não só software, mas também tecnologia, e investiremos cada vez mais para oferecer uma plataforma completa”, destaca.

Hoje, a Totvs é líder em softwares aplicativos na América Latina e no país, além da 7ª maior do mundo, segundo o Gartner.

Fases
Com mais de 24,2 mil clientes ativos em 23 países, a companhia faturou R$ 1,27 bilhão em 2011, alta de 13,3% sobre 2010 e um marco do que Cosentino define como a “quarta fase” da empresa.

“Nossa primeira fase foi a fundação, a segunda, o posicionamento; a terceira, a definição de nosso DNA e missão, e a quarta, a consolidação de mercado, com ações como IPO, chegada à casa do bilhão”, ressalta o executivo. “Agora, entramos na quinta fase, que é transformar a marca Totvs em uma referência global”, afirma.

Daqui pra lá, de lá pra cá
Um referencial que, segundo Cosentino, será construído em duas vias: a partir das companhias brasileiras atendidas, em suas operações exteriores, e nas empresas chegadas ao país.

“Vamos receber as empresas quando pem o pé no país, nos tornarmos um parceiro global de TI de todas”, comenta o presidente.

No páreo
O patamar global, entretanto, entra em conflito com gigantes como SAP e Oracle.

Questionado sobre a concorrência, Cosentino economiza em detalhes, mas garante que, assim como as rivais, também tem investido em tendências como cloud computing.

Um dos destaques é a ampliação do data center da companhia em São Paulo, anunciada no mês ado com investimento de R$ 20 milhões voltado a aumentar em mais de cinco vezes o faturamento da empresa em soluções baseadas na nuvem.

Crescimento que tanto Oracle quanto SAP também têm buscado, em uma briga disputada compra a compra: para falar das mais recentes, Oracle foi de Taleo (software para gestão de pessoal em cloud) e RightNow (Customer Service Cloud), e SAP, de SuccessFactors (gestão de talentos em nuvem).

Uma batalha que a Totvs parece se preparar para enfrentar pelas beiradas: a partir do nicho, atender a tudo, no ambiente físico ou na nuvem.

Que saúde!
Tanto que alguns segmentos têm sido alvo constante dos tiros da companhia brasileira, como o de saúde, no qual ataca com uma plataforma de soluções pronta para tudo: da gestão de hospitais à farmácia, do laboratório à cooperativa médica, da operadora de planos de saúde à segurança do trabalho corporativo.

Não por acaso, um setor no qual as concorrentes globais voltam à cena – a Oracle, por exemplo, adquiriu há poucos dias a ClearTrial, com o que fomentou a linha Health Sciences Suite.

Além disso, a gigante norte-americana já era dona de outras agregadas do segmento, como a Phase Forward, de gerenciamento de dados farmacêuticos; e Relsys, de soluções para segurança de medicamentos e gestão de risco em saúde.

Já no que tange à SAP, a Totvs terá algum trabalho pela frente no setor de pequenas e médias companhias, uma vez que a alemã vem batendo forte na tecla do Business One, seu ERP para o SMB.

Tá tranquilo
O que não parece tirar o sono de Cosentino.

“Somos líderes no país em pequenas e médias”, limita-se a dizer, embasado por dados do IDC que indicam a empresa com 71,9% de participação de mercado no SMB brasileiro no quarto trimestre de 2011, 4,1%, superior ao do mesmo período de 2010.

É daqui
Uma força que justifica a aposta da companhia em crescer mundialmente com bases no país: hoje, além de Porto Alegre, a Totvs também tem centros de desenvolvimento em ville (soluções fiscais, de manufatura e logística), Belo Horizonte (educação e construção) e São Paulo (foco exclusivo no mercado internacional).

Ao todo, são 2,7 mil colaboradores na área de desenvolvimento da companhia. No geral, a equipe a dos 9 mil funcionários.

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