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Igor Marinelli e Gabriel Lameirinhas. Foto: divulgação.
A Tractian, paulistana especializada no monitoramento e análise da vibração e da temperatura de máquinas e equipamentos, recebeu um aporte de R$ 17 milhões em rodada seed liderada pela DGF Investimentos com participação da Citrino.
Cláudia Massei, CEO da Siemens em Omã, país do Oriente Médio, também entra como investidora e se junta ao conselho da companhia.
A startup foi fundada em 2019 pelos sócios Igor Marinelli e Gabriel Lameirinhas, que têm pais coordenadores de manutenção e sempre acompanharam a quantidade de problemas nas fábricas.
Depois, os dois foram trabalhar na indústria e aprenderam a programar até fazer a primeira versão do sensor e da plataforma de monitoramento de máquinas que existe hoje.
Atualmente, a Tractian atua com um sensor chamado Band Trac, plugado aos equipamentos monitorados para que a plataforma on-line analise a máquina em tempo real.
A solução não precisa de gateways ou integradores e promete aprender o comportamento natural do equipamento após 15 dias de treinamento. Após determinar o padrão de funcionamento, ela avisa por WhatsApp ou e-mail sempre que um diagnóstico for gerado.
Além disso, oferece uma solução de gestão de ordens de serviço e automatizações com base nas horas de funcionamento do equipamento.
A Tractian possui atuação em 45 indústrias de diferentes segmentos, como hospitais, shopping centers, indústrias do agronegócio, de maquinário e do ramo alimentício. Entre elas, estão Ambev, Arcelor Mittal, Suzano, Yara, Electrolux e Marilan.
Este é o segundo aporte recebido pela startup, que levantou R$ 2 milhões com fundos americanos em 2020.
Com o novo investimento, a empresa pretende buscar a liderança em soluções de manutenção preditiva no Brasil e aumentar a equipe de 30 para 100 pessoas, além de olhar para oportunidades de aquisições estratégicas.
A meta é estar em mais de 600 indústrias de todos os perfis e tamanhos nos próximos 18 meses.
“Dessa forma, além de democratizar a gestão de uma indústria, estamos ajudando no desenvolvimento da economia brasileira, pois a redução de anomalias em equipamentos evitará a paralisação de uma fábrica e, consequentemente, perdas produtivas, o que impacta também no consumidor final", destaca Igor Marinelli, CEO da Tractian.
Segundo a DGF Investimentos, a trajetória da empresa chamou a atenção porque o fundo tem suas premissas de investimentos justamente em startups de tecnologia, receita recorrente e com soluções que cheguem a quem mais precisa.
"Nestes dois anos de existência, a Tractian já conseguiu inserir sua solução em indústrias extremamente importantes para a economia brasileira. Para nós, é sempre uma satisfação encontrar um time que, apesar de muito jovem, já conquistou uma grande relevância no mercado e possui potencial para crescer ainda mais", destaca Frederico Greve, partner da DGF Investimentos.
Para Cláudia Massei, a manutenção preditiva será uma questão de vantagem competitiva em um futuro não tão distante, sendo o diferencial de uma empresa que entrega o produto fabricado no dia e hora prometidos ao cliente e daquela que mantém os custos operacionais dentro do orçamento planejado.
“Previsibilidade será chave num mundo cada vez mais digital e a tecnologia da Tractian está bem posicionada para ajudar empresas nacionais e internacionais neste sentido", projeta a CEO da Siemens em Omã.
Massei foi considerada a 68ª executiva mais poderosa do Oriente Médio em 2020 pela revista Forbes e o Citrino é um fundo de investimentos de grupos familiares do setor industrial.
Fundada em 2001, a DGF Investimentos é uma das mais antigas gestoras de venture capital do Brasil, e conta hoje com quatro sócios: Sidney Chameh, Frederico Greve, Patrick Arippol e Dario Boralli, além de um time de associados e analistas.
Com foco em pequenas e médias empresas, especialmente de tecnologia, a gestora conta atualmente com 23 startups no seu portfólio, entre elas RD Station, Ingresse, Reclame Aqui, Mercado Eletrônico, Rocket.Chat e Cognitec — além de 24 exits.