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Paralisação afeta toda a Justiça do Trabalho do RS. Foto: divulgação.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4), correspondente ao Rio Grande do Sul, ficou com todos os seus sistemas e serviços de Tecnologia da Informação fora do ar na manhã desta quinta-feira, dia 4.
Segundo o órgão, a paralisação ocorre devido a “problemas técnicos nos geradores que alimentam o data center da instituição”.
Em nota publicada às 10:28 da manhã, o TRT informou em seu site que o Processo Judicial Eletrônico (PJe), plataforma digital desenvolvida pelo CNJ em parceria com diversos Tribunais, continua indisponível.
“No início da manhã , outros sistemas e serviços de tecnologia da informação e comunicações do TRT-4 também estiveram fora do ar, inclusive o site oficial. Alguns já foram restabelecidos, como o próprio site”, publicou o Tribunal.
Sem falar em ataque cibernético, a instituição ressalta que as equipes técnicas estão trabalhando para o restabelecimento do sistema e “qualquer outra novidade será informada”. O Baguete também segue apurando mais informações.
Às 11:08, o Tribunal suspendeu os prazos nos processos judiciais e istrativos, de primeiro e segundo graus, estabelecidos para esta quinta-feira, dia 4. A contagem será retomada na sexta-feira, dia 5.
Já a manutenção ou suspensão das audiências e sessões de julgamento designadas para esta quinta-feira caberá aos magistrados e magistradas responsáveis, a partir da análise da viabilidade técnica para a realização.
A paralisação afeta toda a Justiça do Trabalho do RS, que conta com 48 desembargadores, 247 juízes e 3.540 servidores.
ENCHENTE E ATAQUES
Em maio deste ano, o TRT-4 já havia desligado o seu data center devido ao alagamento nas suas dependências e à falta de energia provocada pela enchente. Na ocasião, o religamento da infraestrutura foi viabilizado por dois geradores de energia vindos de São Paulo.
A instituição também tem no seu histórico uma invasão de infraestrutura tecnológica que também paralisou seus sistemas em outubro de 2021. Na época, o órgão afirmou que a área de tecnologia do tribunal detectou “registros suspeitos de atividades maliciosas”.
Um dos ataques ao Judiciário com consequências mais duradouras foi no conterrâneo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS).
No órgão, as consequências foram perda de dados dos servidores nos seus computadores de trabalho, além de dificuldades que duraram meses no uso dos sistemas, resultando inclusive em suspensão de prazos processuais.
Luana Rosales 1q154x
Repórter no Baguete Diário