
A gerente corporativa de TI da Tyson do Brasil, Sandra Couto
A Tyson do Brasil, braço nacional do gigante de carnes americano Tyson Foods, com faturamento de US$ 28,4 bilhões em 2010, realizou um projeto pioneiro no setor avícola brasileiro.
Desde maio do ano ado, as três unidades da empresa no país, duas em Santa Catarina e uma no Paraná, usam o ERP da SAP para rastrear toda a produção, desde o chocar dos ovos, ando pelos engorde das aves até o abate e o embarque para o destino final.
Em uma cadeia produtiva na qual a criação dos animais é feita por fazendeiros autônomos, o grau de controle de produção da Tyson é inédito.
“Com as informações, podemos pagar melhor o produtor além de ter um grande controle da qualidade dos lotes”, assegura a gerente corporativa de TI, Sandra Couto, que esteve apresentando o case no SAP Fórum nesta quarta-feira, 23.
Chegar lá não foi fácil, no entanto. A Tyson entrou no mercado brasileiro há três anos, por meio da aquisição de três criadores de aves, cada um com seu próprio sistema legado.
O Macedo – o maior deles e a marca pelo qual a Tyson atua no Brasil hoje – já estava promovendo os primeiros os da sua migração para o SAP.
As duas outras marcas ficaram para uma segunda fase da implementação feita com apoio de 20 consultores da gaúcha ITS Group.
Hoje, no total são 400 usuários do ERP na empresa, que estima ter feito customizações entre 20 e 30% da ferramenta, dentro de uma diretriz de manter o quanto fosse possível do software standart.
“Outra dificuldade foi que os key s tinham que cuidar da integração das empresas, ao mesmo tempo em que planejávamos o ERP”, revela Sandra.
A dificuldade foi contornada dividindo o tempo dos executivos, que avam três dias da semana em uma sala de projetos ligada ao ERP e outros dois atentendo às tarefas cotidianas.
Com tamanho grau de controle, talvez a Tyson consiga responder o que veio primeiro afinal, o ovo ou a galinha?
* Maurício Renner cobre o SAP Fórum à convite da SAP Brasil