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Diego Martins, fundador e CEO da Unico. Foto: Reinaldo Canato/divulgação.
A Unico, player de destaque em biometria facial e digital, acaba de receber um aporte de US$ 100 milhões (cerca de R$ 467 milhões) em rodada série D liderada pela Goldman Sachs Asset Management.
De acordo com o site Brazil Journal, a rodada avalia a scale-up em US$ 2,6 bilhões, transformando-a na segunda maior empresa de software as a service da América Latina em valuation — atrás apenas da Totvs, que vale US$ 4,6 bilhões na B3.
Em atuação desde 2007, a Unico é a líder no país em tecnologia de biometria facial, ou, para usar o jargão, em “ID tech”, com projetos de reconhecimento facial implementados nos maiores bancos, varejistas, fintechs, e-commerces e indústrias do Brasil.
Em setembro de 2020, quando ainda se chamava o Digital, a companhia levantou um aporte de R$ 580 milhões em rodada série B liderada pelo Softbank e pela General Atlantic.
A rodada série C veio em agosto de 2021, quando os dois investiram mais US$ 120 milhões na empresa, dando a ela o status de unicórnio com o valor de mercado de US$ 1,1 bilhão.
Segundo Diego Martins, cofundador e CEO da Unico, a ID tech ainda tem em caixa 80% dos recursos que captou nos últimos três rounds, mas decidiu fazer a capitalização para ter um investidor com a credibilidade e os os da Goldman — com a qual já conversava há mais de três anos.
Com o novo aporte, a companhia pretende fazer M&As com um viés de internacionalização. A previsão é entrar no México e Colômbia ainda este ano, caminho que está sendo provocado por clientes que têm operação naqueles países, como é o caso do Mercado Livre e do Santander.
Além disso, a empresa deve escalar dois produtos que lançou este ano. Um deles permite a digital com validação biométrica, que cria uma camada adicional de segurança, e o outro é um token biométrico que substitui a senha em situações como uma transferência de valor alto ou na troca do device.
A ideia é acelerar o crescimento no Brasil com foco em setores intensivos em check-ins e check-outs e que ainda dependem muito de processos em papel, como saúde, hotelaria e locadoras de automóveis.