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O setor de petróleo e gás gaúcho ganhará um reforço no dia 4 de julho. Na data, será inaugurado o primeiro laboratório de Ensaios e Segurança Funcional do Brasil – investimento de R$ 4 milhões, financiado pela Finep.
O foco do laboratório é a certificação de segurança SIL para produtos de fornecedores do segmento de P&G. Instalado na Unisinos, o local já tem um usuário: a gaúcha Altus.
“No novo laboratório da Unisinos, somos os primeiros a desenvolver tecnologias orientadas ao conceito SIL”, explica Luis Gerbase, presidente da Altus.
CERTIFICAÇÃO
O laboratório atuará atendendo as demandas de ensaios, análises e e técnico das empresas que necessitam obter classificação de segurança SIL para seus produtos.
SIL, sigla para safety integrity level, é um certificado de confiabilidade de instrumentos de sistemas de segurança. Os níveis vão de 1 a 4, sendo 4 o mais seguro.
Para assessorar as empresas, o laboratório conta com a certificadora TUV, que estará treinando profissionais para a certificação tanto de produtos quanto de sistemas.
As instalações fazem parte do ITT Fuse (Instituto Tecnológico em Ensaios e Segurança Funcional) uma iniciativa da Abinee que também fará certificação de malhas de controle, tendo como cliente qualquer empresa usuária desse tipo de sistema.
Além disso, a ideia do laboratório é compor o Sistema Brasileiro de Tecnologia nos componentes de Rede de Serviços Tecnológicos e Extensão Tecnológica (Sibratec).
U NA MIRA
Na estreia, a Altus usará as instalações para testar uma unidade central de processamento (U) com nível de integridade de segurança SIL-3, que terá a finalidade de realizar o processamento de lógicas de segurança e comunicação com sistemas de supervisão.
Gerbase, que também é diretor regional da Abinee gaúcha, parceira no projeto do laboratório, destaca que as instalações estão em consonância com o acordo de cooperação tecnológica que a Altus possui com a Petrobras.
PARA RODAR NAS Ps
Em junho de 2011 a Altus fechou um contrato de R$ 115 milhões com a estatal. O maior negócio da história da companhia gaúcha envolve a tarefa de automatizar as oito plataformas da Petrobrás a se originarem dos oito cascos já em produção na cidade de Rio Grande.
No mesmo mês, a empresa também foi contratada, no valor total de US$ 8,25 milhões, para automação da P-58 e da P-62, as duas novas plataformas de petróleo em construção pela Petrobras.
As estruturas são destinadas à Bacia de Campos e atualmente sendo montadas em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e em Suape, em Pernambuco. Elas terão capacidade para 360 mil barris de petróleo por dia quando entrarem em operação, em 2013 e 2014, respectivamente.
TECNOLOGIA NACIONAL
Segundo Gerbase, o laboratório onde se realizarão testes em produtos que poderão ser empregadas nesses empreendimentos é uma garantia de fomento à tecnologia nacional.
“Nosso acordo garante o domínio da tecnologia e inovação no país, e viabiliza o aumento da independência tecnológica, um dos motivadores dessa iniciativa junto a Unisinos”, afirma.