
Uma gotinha de água, num oceano de clientes. Foto: Pexels.
O grande vazamento de dados da Vivo de 2019 foi na verdade algumas gotinhas: 224 clientes.
Em seu relatório anual referente a 2020, a operadora mencionou o assunto de agem, revelando ter confirmado que 224 clientes tiveram seus dados ados por terceiros em dois eventos diferentes de vulnerabilidade das bases de dados.
Desses clientes, os dados de 102 foram de fato expostos digitalmente.
Para quem não lembra, no final de 2019 a Vivo confirmou uma denúncia do grupo WhiteHat Brasil de que uma falha no portal de serviços Meu Vivo expunha os dados de 24 milhões de clientes, uma quantia significativa se temos em conta que a Vivo opera 78,5 milhões de linhas de celular.
No relatório, a Vivo afirma que fez uma análise minuciosa do problema em razão de dois processos istrativos abertos pela Anatel.
O assunto acabou na Justiça, com 32 processos judiciais relacionados ao tema, sendo seis deles com queixa comprovada de divulgação de dados e disponibilização de fatura de terceiros.
Até agora, a Vivo pagou um valor total de R$ 38,3 mil em indenizações judiciais, o que é trocadinho para uma empresa que lucrou R$ 4,77 bilhões em 2020.
Se as punições previstas na LGPD já estivessem ativas, o que deve acontecer só em agosto, a conta poderia ter ficado um pouco mais salgada para a operadora, com a multa batendo no teto dos R$ 50 milhões.