
Alberto Blanco, CEO da Veek. Foto: Divulgação
A Veek lançou um chip pré-pago de R$ 15, mais o valor do frete, com até 2 GB de dados gratuitos para quem assistir vídeos de publicidade de seis a 30 segundos.
Para usufruir do serviço, o cliente da operadora virtual móvel (MVNO, na sigla em inglês) precisa fazer pelo menos um check-in por dia para assistir a um vídeo.
Somente fazendo dois check-ins por dia, todos os dias, receberá 2 GB mensais sem custo.
O uso não é ilimitado. Ao realizar o check-in, o cliente tem um intervalo de tempo para usufruir dos serviços. No total, podem ser acumuladas até seis horas de uso.
Se o usuário ultraar a franquia, poderá comprar desde 0,5 GB até 26 GB extras, por valores que variam entre R$ 6 e R$ 120.
O sinal da internet corresponde à área de cobertura da TIM em todo território nacional.
Para ligações telefônicas, há a opção de comprar 24 horas de ligações ilimitadas por R$ 2 e sete dias, por R$ 10.
O chamado Veek Pré 2.0 será entregue na casa do cliente que solicitar e ativado através do app da empresa. Como o serviço é pré-pago, não prevê conta, vínculos de período mínimo e multas diante de cancelamento.
Os usuários que já estiverem na base da Veek e se interessarem pelo novo plano poderão migrar sem custo.
Além do plano, a operadora virtual também oferece s de 30 dias em que o usuário pode pré-definir a quantidade de Gigas que deseja usufruir no período. As ofertas, com ligações ilimitadas, partem de R$ 25.
Segundo a Veek, o projeto contou com um investimento de mais de R$ 20 milhões, valor que espera recuperar no período de um ano.
A projeção da empresa é que 100 mil novos clientes assinem o plano nos próximos seis meses. O CEO da Veek é Alberto Blanco, o primeiro diretor de marketing da Oi e responsável pelo lançamento da marca no mercado.
"Tudo o que incomoda os clientes foi eliminado na oferta dos planos da Veek. Você odeia as operadoras te ligando? Nós nunca vamos te ligar. As multas? Nossos planos não têm multa. Viemos para quebrar as regras”, garante Blanco.
Um modelo de negócio efetivo é a chave para o sucesso de uma MVNO que compra conectividade no atacado de uma operadora e precisa de vender que gere lucro.
Quando do lançamento, em 2016, a aposta da Veek era em marketing multinível, com a remuneração para clientes que indicassem outros clientes. Havia também a possibilidade de comprar kits de SIMcards para revenda, outro clássico desse tipo de estratégia.
Na época, o público alvo eram jovens da classe C. A conectividade era da TIM, comprada por intermédio da Surf Telecom, outra MVNO.
A parceria funcionou até 2019, quando a Veek comunicou aos seus clientes a suspensão das operações.
Na época, o site especializado Mobile Time disse que o problema foi um desentendimento entre a Veek e Surf Telecom sobre o ree de valores de recargas. A briga segue até hoje, inclusive na Justiça.