.jpg?w=730)
Foto: Deposit Photos.
A venda de computadores pessoais (PCs) caiu 2% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando uma receita de R$ 33 milhões (queda de cerca de 10%).
É o que aponta o estudo IDC Brazil PCs Tracker Annual 2022, da IDC Brasil, gigante de consultoria.
No ano ado, cerca de 8,6 milhões de computadores foram comercializados. Do total, 6,51 milhões foram notebooks (queda de 7%), 2,04 milhões, desktops (queda de 20%) e 38 mil, workstations (alta de 58%).
“Este movimento de queda foi resultado dos efeitos de uma retração no consumo, tendo em vista o baixo índice de confiança do consumidor frente a um cenário de incertezas tanto no aspecto macroeconômico como no político”, explica Renato Murari de Meireles, analista de mercado sênior de Commercial & Devices da IDC Brasil.
Em relação ao tipo de mercado, o de negócios comercializou 4,4 milhões de máquinas, cerca de 13% menos que em 2021. Já o mercado corporativo movimentou 4,15 milhões de unidades, um aumento de 15% em relação ao ano anterior.
“O mercado corporativo foi impulsionado pelo setor governamental e uma das principais razões foi a antecipação de alguns negócios realizados no último trimestre do ano, em consequência da transição do governo no âmbito federal”, explica Meireles.
Quanto aos preços, o desktop custou, em média, R$ 3.394 e o notebook, R$ 3.946, valores 2% e 10% mais baixos do que em 2021.
O IDC prevê, ainda, que 2023 seja um ano desafiador para a indústria, levando em consideração fatores como o Índice de Confiança da Indústria (ICI), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) e a instabilidade macroeconômica.
Por outro lado, o ano marca uma nova época de planejamento de licitações do novo governo, que devem se concretizar apenas no segundo semestre. Já no setor de consumo, as lojas iniciaram o ano com um alto volume de estoque.
"O ano de 2023 deve ser marcado por desafios para a indústria, que terá de ofertar produtos a um ticket médio ível para o consumidor final e um cenário de mais cautela para a categoria nos investimentos privados tanto para o segmento corporativo quanto para o varejo”, prevê Meireles.