
Fleury tem problemas de novo. Foto: Divulgação.
O Grupo Fleury, um dos maiores da área de medicina diagnóstica no país, está sofrendo de instabilidade nos seus sistemas devido a um ataque cibernético desde a sexta-feira, 5.
A companhia comunicou o fato no final da tarde deste domingo, 7.
Em um fato relevante enviado para a CVM, a empresa informa que acionou seus protocolos de segurança e controle com o objetivo de minimizar os eventuais impactos em suas operações, contando com o apoio de empresas especializadas.
Ainda na sexta, o Fleury havia dito ao site especializado Security Report que o problema era uma ““indisponibilidade nos sistemas” e que a mesma era “sem relação alguma a ataque cibernético ou impacto ao atendimento aos clientes”.
Nas redes sociais, clientes da empresa reclamam de problemas de o a resultados de exames, além de agendamentos.
“Estamos gradualmente normalizando nossas operações de forma controlada, com os devidos testes de segurança sendo executados, priorizando a integração automática de sistemas em hospitais em nossos ambientes, que vem ocorrendo de forma gradativa”, diz o comunicado.
O Fleury também destaca que mantém “atualizações frequentes” e “adota tecnologias disponíveis para preservar um adequado nível de proteção ao seu ambiente tecnológico”.
A empresa afirma ter “investido substancialmente” nos últimos três anos em sua estrutura de tecnologia, o que teria “minimizado” o efeito do incidente.
Talvez o Fleury tenha que fazer mais, porque esse é o segundo grande problema que a empresa atravessa nos últimos tempos.
Em junho de 2021, menos de dois anos atrás, o Grupo Fleury sofreu outro ataque com consequências nas operação.
Segundo revelou o jornal Valor Econômico, o ataque usou o ransomware Sodinokibi, do grupo de hackers REvil, com um pedido de resgate de US$ 5 milhões para descriptografar os sistemas afetados.
Ainda de acordo com a publicação, os invasores usaram uma tática de invasão conhecida como movimento lateral, explorando falhas simples em contas de usuários comuns até alcançarem contas com nível de .
Desta forma, os cibercriminosos teriam chegado ao servidor de controle da rede da empresa e enviado comandos aos pontos finais da rede — que podem ser desde computadores de funcionários a dispositivos conectados, como smartphones e câmeras de vigilância.
No seu relatório do segundo trimestre de 2021, o Fleury apontou perdas de R$ 29,4 milhões em “despesas não recorrentes”, a rúbrica onde entram os custos de algo como um ataque de ransomware.