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Giovanni Fernando de Oliveira, diretor de operações da FCJ Venture Builder (Foto: Divulgação)
No ano de 2021, as startups brasileiras contrataram mais de 100 mil pessoas e captaram mais de US$ 10 bilhões em rodadas de investimentos. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), de 2015 a 2019, o número de unidades triplicou, ando de 4.151 para 12.727; crescimento de 207%.
Apesar da instabilidade no setor iniciada em 2022, com empresas precisando apertar o cinto e fazer layoffs, este ano promete marcar a consolidação do mercado. Ainda com o cenário internacional desequilibrado, a área de inovação é promissora devido às demandas crescentes de uma sociedade cada vez mais digital.
Uma estratégia que pode garantir que as empresas aproveitem ao máximo as oportunidades do mercado é fechar boas parcerias. Hoje, o modelo venture builder representa o futuro das startups. Exemplos pelo mundo já comprovam o poder dessa tendência.
Nos anos mais recentes, com o sucesso de muitas startups como AirBnb, Netflix, Spotify, Google, entre outras, líderes de grandes empresas, atraídos pelas oportunidades, aram a aumentar suas apostas nessa direção. Em 2017, o corporate venture representou 44% do total investido em startups no mercado americano, chegando ao total de US$ 37,5 bilhões investidos em 1.265 startups.
Diferentemente de incubadoras e aceleradoras, o modelo é conhecido como fábrica de startups. Já levou gigantes como Dollar Shave Club, dos Estados Unidos, a atingir a marca de US$1 bilhão em valuation. Além disso, atua lado a lado com fundadores, via participação acionária, para escalar a startup da maneira mais eficiente possível.
Para tirar uma ideia inovadora do papel e impulsionar o negócio, os empreendedores precisam buscar recursos que vão além do aporte financeiro. Mais do que dinheiro, para desenvolver uma solução, é preciso contar com uma rede de pessoas experientes em inovação, tecnologia e negócios que saibam como conduzir o crescimento de novas empresas de base tecnológica.
As CVBs fazem exatamente isso. Reúnem equipes inovadoras e multidisciplinares, altamente qualificadas para implementarem metodologias proprietárias e alocarem recursos focados exclusivamente no crescimento por meio da atuação coproprietária.
A colaboração prevê treinamentos técnicos na área trabalhada; o às melhores práticas do mercado; ao ecossistema de startups; a redes de mentores; modelagem e design de projetos; validação de MVP (produtos mínimos viáveis); serviços contábeis e jurídicos; e de marketing e vendas, entre outros.
Mais do que apenas aportes financeiros ou um espaço físico para alocar a startup, a venture builder coloca a mão na massa e assume o risco de empreender com os founders, lado a lado. Investe, constrói e participa ativamente do desenvolvimento da startup, sempre direcionando para os melhores caminhos.
O primeiro grande sonho dessas empresas é chegar a uma rodada de investimento de série A e ultraar a casa dos milhões de dólares, mas poucos vislumbram que apenas dinheiro não é o suficiente para crescer de forma saudável e aumentar as possibilidades de sucesso. Além de uma ideia inovadora e de equipe e sócios capacitados, o modelo de negócios e o timing também são fatores fundamentais.
Este ano promete ser auspicioso para as CVBs que buscam investimentos aliados à evolução tecnológica do mundo. Mas também pode ser a hora de as startups se adiantarem e optarem pela parceria certa.
*Por Giovanni Fernando de Oliveira, diretor de operações da FCJ Venture Builder