
Mais um dia agitado em Hanói. Foto: https://www.flickr.com/photos/namho
O Vietnã pode estar despontando como a nova fronteira para as empresas de outsourcing de TI.
A HCL, uma das gigantes indianas do setor, vai abrir uma operação em Hanói, a capital do país no sudoeste asiático, para a qual serão contratados 3 mil profissionais.
Com a decisão, a HCL se torna a primeira entre as quatro grandes rivais indianas a abrir no país, se adiantando à Infosys, TCS e Wipro.
Até agora, o Vietnã despontava como uma alternativa para a manufatura de eletrônicos. A Intel tem uma linha de montagem no país.
O tamanho do investimento da HCL depende de por onde se olhe. A HCL tem 153 mil funcionários e contrata 3 mil novos todo trimestre. Olhando por esse lado, 3 mil no Vietnã não é muita coisa.
Por outro lado, a operação brasileira da HCL tem cerca de 650 funcionários, segundo indica o Linkedin.
A companhia chegou ao Brasil em 2009, abrindo uma unidade no Tecnosinos, parque tecnológico da Unisinos em São Leopoldo, na região metropolitana de Porto Alegre e mantém uma atuação discreta desde então.
A diferença se justifica por uma diferença de postura. Quando chegaram no Brasil, nos anos 2000, as gigantes indianas apostavam em usar o país como uma base de exportação de desenvolvimento de software.
Essa era uma das ambições do país na época e um dos motivos da fundação da Brasscom, maior entidade de tecnologia do país, inspirada na indiana Nasscom.
Com o tempo, esses planos não decolaram, e empresas indianas aram a focar em atender clientes brasileiros.