Vittude recebe aporte de R$ 35 milhões 662i24

A Vittude, startup paulista de intermediação de consultas com psicólogos, recebeu um aporte de R$ 35 milhões em rodada série A liderada pela Crescera Capital e participação da Scale Up Ventures, fundo da Endeavor, e Redpoint eVentures.

A startup pretende usar o valor para expandir o negócio B2B, que já cobre 600 mil pessoas em 160 empresas, incluindo grandes nomes como O Boticário e L'Oréal.

Outras 300 empresas estão em negociação, com o plano de triplicar o número de clientes e de receita até o final do ano, revela o site Brazil Journal.

Para participar do negócio, as empresas pagam uma quantia para ter o à plataforma e à consultoria da startup e depois pagam o valor inteiro ou uma parcela das consultas feitas pelos funcionários.

Após a consulta, melhorada por um algoritmo de inteligência artificial que faz um match entre paciente e psicólogo, a solução da Vittude inclui um diagnóstico de saúde mental dos funcionários do cliente e cursos sobre como lidar com essas questões. 

A startup possui mais de 800 psicólogos credenciados e outros 15 mil na lista de espera, que irão ar por uma triagem de tecnologia e outra feita pela equipe de terapeutas da empresa.

Para fazer parte da plataforma, os psicólogos pagam cerca de R$ 299 por mês e a Vittude ainda ganha uma porcentagem sobre o valor das consultas.

Fundada em 2016 por Tatiana Pimenta, ex-gerente regional de vendas da Hilti, a empresa tem base em São Paulo e recebe mensalmente mais de 3 milhões de pessoas em sua plataforma. 

Pimenta tem agens na Arauco do Brasil, como gerente regional de vendas, Votorantim Cimentos, como supervisora regional, e Cimpor, como coordenadora.

Apesar de ser formada em engenharia civil pela Universidade de Londrina (UEL), a executiva tem mestrado em finanças e gestão e cursos de coach.

Em 2020, no início da pandemia, outra startup de atendimento psicológico on-line recebeu um aporte. 

A mineira Psicologia Viva obteve o valor de R$ 6 milhões em rodada liderada pelo Fundo Neuron Ventures, do grupo farmacêutico Eurofarma.

Recentemente, a ONU publicou um documento, alertando ser “provável um aumento a longo prazo no número e na gravidade dos problemas de saúde mental” devido ao coronavírus.

A pandemia, na visão da organização, "possui potencial para [se tornar] uma grande crise de saúde mental", assim como "uma crise de saúde física".

Uma pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), feita para medir o impacto psicológico da quarentena, mostrou que os casos de depressão praticamente dobraram entre os entrevistados, enquanto as ocorrências de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80%.