Françoise Trapenard. Foto: divulgação.
A Telefônica Vivo, através de seu projeto Escolas Rurais Conectadas, quer levar conexão e infraestrutura tecnológica e educacional para escolas em todo o país. Nesta quinta-feira, 31, a operadora anunciou uma nova fase para a iniciativa, levando uma conexão 100% de fibra para uma escola de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre.
A contemplada foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Zeferino de Castro, que conta com 106 alunos e 16 professores. Ela é a primeira instituição do programa a receber a rede de alta velocidade, com um link de 54Mbps.
Além da conexão, todos os alunos receberam dispositivos de o à rede: os alunos de 1º ao 3º ano receberam tablets Samsung e os do 4º ao 9º ano levaram netbooks Positivo. Para os professores, a operadora entregou notebooks.
A escola de Viamão foi selecionada como laboratório por ser uma instituição multiseriada, que possui em uma mesma turma alunos de períodos diferentes.
Outro motivo foi a vocação rural do Rio Grande do Sul, estado com o maior número de escolas beneficiadas pelo programa - são 33 estabelecimentos em 32 municípios, envolvendo 3,5 mil alunos e 230 professores.
No geral, o programa atende cerca de cem escolas, 11 mil alunos e 700 professores, nos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo, além do Rio Grande do Sul.
Pelo projeto geral, as participantes recebem conexões gratuitas e ilimitadas 3G via o equipamento Vivo Box, assim como dois notebooks de uso escolar. Vale lembrar que as escolas atendidas ficam em regiões rurais, com muitas delas não tendo nenhum tipo de conexão à internet.
Para Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica Vivo, responsável pelo projeto, a escola em Viamão é a cereja do bolo para o projeto, que servirá como o espaço para os testes de novas tecnologias, com o uso de kits de robótica, filmadoras e projetores.
"Pulamos a simples inclusão e amos direto para uma realidade avançada de tecnologia escolar. Por isso é necessário um acompanhamento para fazer esta nova realidade funcionar com os alunos e professores", afirma a executiva.
Nas outras escolas, a estrutura complementar oferecida pela Vivo se dá por meio de capacitações online para professores. Já no caso de Viamão, o plano é fazer avaliações mensais para ver como o piloto está evoluindo.
"Firmamos uma parceria com o grupo Future Of Leaning, do MIT, para trabalharmos em metodologias para esta nova realidade nas escolas rurais. Não é simplesmente levar a conexão e dispositivos tecnológicos", ressalta Trapenard.
Segundo a presidente da fundação, 2013 foi a vez de implantar o projeto, com um investimento de R$ 1,5 milhão. 2014 será o momento de observar o andamento do projeto nas escolas participantes e consolidar o uso das tecnologias.
A conexão de escolas rurais faz parte das exigências feitas pela Anatel em contrapartida no leilão do 4G. No entanto, o projeto de capacitações e qualificação do ensino conectado partiu a operadora. Agora, de acordo com Trapenard, o plano é convidar o Ministério da Educação para participar e expandir.
"Após consolidarmos o modelo para nosso programa, a partir de 2015 vamos ampliar o número de instituições. Até 2016 queremos conectar cerca de mil escolas com o 3G", destacou.
Quanto ao piloto em Viamão, usando a conexão por fibra, ainda é cedo para prever se ele deverá ser implantado em outras instituições. Se isso ocorrer, ainda deve levar um tempo.
"É um investimento alto e uma conexão avançada até mesmo para escolas urbanas, quanto mais para instituições que nunca tiveram internet antes. Antes de levar isso adiante, é preciso avaliar, ver suas vantagens e dificuldades", pondera.