
Armindo Mota Jr, CEO da Wappa. Foto: Divulgação.
O aplicativo de táxis Wappa fechou 2016 com um faturamento de R$ 200 milhões. A cifra representa um aumento de 17% em relação à receita registrada no ano anterior. Para 2017, o plano da companhia é crescer 50%.
A Wappa iniciou sua atuação como uma empresa para táxi corporativo. Com 15 anos de trajetória, a companhia conta com um app para atender o segmento corporativo e também consumidores finais.
No mercado corporativo, a companhia conta com 5 mil clientes. Enquanto apps como 99 e Easy abriram um serviço de transporte privado ao estilo Uber, a Wappa segue atuando exclusivamente com taxistas regularizados,
Com isso, a empresa relata que conta com 1 milhão de usuários ativos e com a atuação de cerca de 70% da frota de taxistas regularizados do Brasil.
“Por enquanto não pretendemos cadastrar motoristas particulares porque acreditamos que os taxistas tiveram uma grande evolução no que se refere a qualidade no atendimento e à melhora dos veículos. Em São Paulo, por exemplo, atualmente existem 4 mil táxis pretos, que são carros novos, de excelente qualidade e preço de táxi comum”, destaca Armindo Mota Jr, CEO da Wappa.
O crescimento da Wappa tem relação com sua forte atuação no mercado corporativo. Para reforçar sua atuação na área, a Wappa investiu no final de 2016 mais R$ 1,2 milhão para a Expense Mobi, empresa de gestão de despesas focada no segmento corporativo. No início do ano, a empresa já havia direcionado R$ 5 milhões para aquisição de parte da startup.
“Este investimento faz parte da nossa estratégia de negócio, que é entregar para as empresas um amplo portfólio que as ajude a gerenciar melhor suas despesas e, assim, tornar a Wappa a maior referência deste mercado”, afirma Mota Jr., que ou a integrar o conselho da Expense Mobi.
A tecnologia Expense Mobi pode ser integrada com qualquer sistema de ERP, entre eles SAP, Oracle e Totvs, permitindo o controle de gastos com alimentação, estacionamento, pedágio, quilometragem e viagem, entre outros. A empresa tem mais de 200 clientes, somando o Brasil e outros mercados da América Latina.
Enquanto a Wappa amplia o foco empresarial, 99 e Easy, que atuam principalmente com consumidores finais, parecem ter enfrentado mais dificuldades com a concorrência do Uber.
No início do ano ado, as duas companhias anunciaram reajustes em suas tarifas cobradas dos motoristas de táxis nas corridas com pagamento via app.
Também em 2016, a coluna Tecneira, da Revista Época, noticiou que os apps estavam negociando uma fusão visando conter a sangria nos negócios causada pela chegada ao Uber no Brasil.
Ao todo, a Easy conta com 400 mil taxistas cadastrados em 420 cidades – sendo 350 delas no Brasil. Seu concorrente mais próximo é o 99, que atua em mais de 350 cidades brasileiras e tem 140 mil profissionais registrados, mas uma base mais importante em São Paulo.