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Terry Jones.
A Wayblazer é uma startup americana do setor de turismo que quer usar a tecnologia de computação cognitiva Watson, da IBM, para revolucionar a maneira como as pessoas planejam suas férias.
O approach parece simples, da maneira como tecnologias sofisticadas como o Watson costumam parecer (ainda mais quando estão em fase de demo, como é o caso da Wayblazer).
A ideia é que os usuários do site no futuro possam usar a interface de linguagem natural do Watson para planejar férias com base em perguntas como “Estou indo para Austin com três amigos no final de semana que vem, o que podemos fazer?”.
Com base nessas informações e outras fontes de dados não estrututuradas da Internet a Wayblazer espera oferecer respostas personalizadas, e, por tanto, com alta taxa de conversão em termos de e-commerce.
“A maioria das pessoas hoje não viaja sem ler reviews de direrentes fontes. O problema é a dispersão: cada pessoa visita em média 20 sites planejando sua viagem”, aponta Terry Jones, um dos fundadores da empresa, que esteve apresentando o case no IBM Insight em Las Vegas nesta terça-feira, 28.
No seu demo, baseado na badalada cidade de Austin, no Texas, o primeiro cliente e a sede da empresa, a tecnologia da Wayblazer é capaz de responder com opções como assistir o prêmio de Fórmula 1, assistir um jogo de futebol americano dos Texas Longhorns ou ir ao festival Austin City Limits.
Mais do que isso, o portal pretende fazer recomendações sobre hospedagem e outras atividades relacionadas a cada uma das opções.
Um exemplo é usar as checagens do Foursquare para recomendar o hotel com a maior quantidade de fans de Fórmula 1, ar mídias sociais para indicar a parte mais animada do estádio ou recomendar horários de deslocamento para o festival.
(Jones usou uma série de exemplos mostrando como o Google não resolve o problema).
O mercado no qual a WayBlazer quer entrar é um teste e tanto para as possibilidades na vida real do Watson.
Segundo levantamento publicado pelo site americano especializado em turismo Skift de 2005 a 2013 foram lançadas nada menos do que 200 startups focadas em planejamento e compartilhamento de viagens.
O excesso de ideias relacionadas ao assunto, tendência da qual o Brasil não é exceção, faz com que esse tipo de empresas estejam entre as que menos recebem verbas de fundos, perdendo só para as startups de gestão de eventos, outro campo lotado.
Além do diferencial tecnológico do Watson, ainda a ser provado, a WayBlazer tem algumas coisas a seu favor.
Diferentemente dos seus concorrentes, a empresa já levantou um capital semente não revelado do The Entrepreneurs’ Fund.
Jones é um executivo com décadas de experiência no mercado de tecnologia para turismo, que fez carreira na Sabre e liderou a primeira excursão do gigante no mundo digital, a Travelocity.
Depois, Jones foi um dos fundadores da Kayak, site de viagens com presença no mercado brasileiro, comprado no final de 2012 por US$ 1,8 bilhão pelo Priceline Group.
O CEO da empresa é Manoj Saxena, até pouco tempo atrás um dos principais executivos do Watson Group da IBM.
* Maurício Renner cobre o IBM Insight 2014 em Las Vegas a convite da IBM.