WEG compra divisão da Regal Rexnord por US$ 400 mi 6e2g10

A WEG, multinacional catarinense que é uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, anunciou a compra da divisão de motores industriais e geradores da norte-americana Regal Rexnord por US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).

No que corresponde ao maior M&A já feito pela companhia, a transação será feita em dinheiro, dependendo ainda das aprovações regulatórias necessárias. A expectativa é que isso ocorra no início de 2024.

Criada em 1955, a Regal tem sede em Wisconsin, nos Estados Unidos. Na época sob o nome Beloit Tool, a empresa iniciou focada na manufatura doméstica de ferramentas de corte de metal e de caixas de câmbio. Mais tarde, mudou seu nome para Regal Beloit Corporation.

Foi apenas entre 2004 e 2005 que a companhia ou a ser reconhecida mundialmente como fabricante de motores. Em 2021, uma fusão com sua adquirida Rexnord, levou ao rebranding para Regal Rexnord.

Com receita de US$ 4 bilhões, hoje a empresa atua em quatro segmentos: automação e controle de moção; soluções industriais; sistemas industriais; e soluções de eficiência energética.

Com 10 fábricas espalhadas pelos Estados Unidos, México, China, Índia, Itália, Holanda e Canadá, que operam com ociosidade de cerca de 50%, a norte-americana possui um time de 2,8 mil colaboradores.

Sua receita advém predominantemente da fabricação de motores industriais de baixa tensão (75%), enquanto o restante corresponde à produção de geradores elétricos.

Segundo o Brazil Journal, os ativos comprados pela WEG tiveram receita líquida de US$ 541 milhões em 2022.

O valor pago implicará em um múltiplo de 7,7 vezes o EBITDA da Regal, de US$ 51 milhões. A meta é que a companhia leve a margem das operações a um patamar próximo à da compradora, que hoje está avaliada em R$ 1,6 bilhão.

Ainda de acordo com a publicação, a aquisição aumenta a presença internacional da catarinense em 20%. O negócio não deve ter impacto relevante na estrutura de capital da WEG, que segue com caixa líquido de R$ 1 bilhão.

Entre os benefícios apontados pela companhia, estão a complementaridade da distribuição geográfica e a facilitação da penetração em mercados de difícil o, como o de óleo e gás e o naval.

A WEG já possui produtos para esses mercados, mas depende de homologações locais, conforme explica Alberto Kuba, diretor da catarinense.

Além disso, existe a oportunidade de verticalizar parte das operações da Regal a partir da fundição que a brasileira tem no México, que poderá ser usada para atender as novas fábricas da adquirida.

Fundada em 1961, a WEG fabrica e comercializa máquinas elétricas, automação e tintas para diversos setores, incluindo infraestrutura, siderurgia, papel e celulose, petróleo e gás, mineração, entre outros.

Com operações industriais em 12 países e presença comercial em mais de 135, a companhia possui mais de 30 mil colaboradores. No segundo trimestre deste ano, a empresa reportou lucro líquido de R$ 1,368 bilhão, alta de 49,9% em comparação ao mesmo período de 2022.