
O brasileiro Hugo Barra é vice-presidente global da Xiaomi. Foto: Divulgação.
Em 2015, a fabricante chinesa de smartphones Xiaomi irá focar sua expansão em mercados emergentes, como Índia, Indonésia e Brasil. Por aqui, o plano é começar a operar ainda no primeiro semestre. Para isso, a empresa está reforçando sua equipe na América Latina.
Em novembro, Gabriela Viana foi contratada para liderar o marketing e o desenvolvimento de negócios da empresa para a América Latina. Nos últimos dois anos, ela fez parte da equipe do Google, onde foi diretora de marketing para a região nos segmentos Android, Google Play e hardware.
Antes, ou mais de sete anos na Motorola, atuando como gerente de negócios mobile e diretora de marketing digital.
Em outubro, Amit Eisler assumiu como chefe de gabinete da Xiaomi para América Latina. Ele estava na A, onde trabalhou por quatro anos e foi diretor de desenvolvimento de negócios.
Outro recém chegado é Luiz Fernando de Biazzi, que assumiu em outubro a liderança da área de logística da Xiaomi. Nos últimos três anos, ele atuou como diretor de logística da Apple no Brasil.
Também faz parte da equipe Rogério Marçal, gerente de pós-venda. Ele veio da Nokia, onde atuou por seis anos como gerente de assistência ao cliente.
Esses profissionais ficam em São Paulo, onde a Xiaomi já conta com uma equipe desde julho, quando chamou Leo Marroig para gerente geral da empresa na América Latina e Chen K. Lung para gerente de projetos.
Marroig, antes de ingressar na Xiaomi, atuava como chefe de serviços de consultoria da Genpact no Brasil. A empresa atua no segmento de BPO.
Chen fez parte da equipe da Gerdau entre 2007 e 2011, cumprindo a função de coordenador de projetos. Ele também teve agens por Embraer e Cisa Trading.
Recentemente, o vice-presidente da Xiaomi, o brasileiro Hugo Barra, afirmou ao Cnet que o plano para 2015 é focar em um mercado de cada vez.
"No início deste ano, nós falamos sobre o desejo de estar em 10 mercados até 2014, mas percebemos que era mais inteligente colocar o máximo de esforço na Índia e na Indonésia antes de se expandir ainda mais", explica.
A companhia chinesa também tem outros mercados em mente para atingir no próximo ano, como Rússia, México, Turquia e Tailândia.
A Xiaomi até agora evitou países ocidentais, como os EUA e Reino Unido, mas a sua presença em oito mercados, incluindo a China, já é suficiente para torná-la a terceira maior fornecedora de smartphones no mundo. Ele fica atrás apenas de Samsung e Apple, de acordo com dados do IDC.
A fabricante é conhecida por vender aparelhos Android de baixo custo. Os celulares da Xiaomi são vendidos por valores entre US$ 250 e US$ 460. Por isso, seus produtos tem potencial para emplacar no mercado brasileiro.
Um estudo realizado pela Kantar World mostrou que a venda de smartphones no Brasil cresceu 101% em 2013. A classe C foi a segunda com maior penetração, responsável por 17% do mercado no ano ado.
Além disso, dados de 2013 mostram que smartphones com preço abaixo de R$ 700 representavam mais de 70% das vendas no Brasil.
O público que busca aparelhos de preço baixo ou a apostar nos smartphones íveis ao invés de comprar um novo feature phone. Em maio, os modelos smart aram a representar 76% do mercado de celulares.