
A construção da nova fábrica terá início no próximo ano. Foto: 360b/Shutterstock.com
A Samsung planeja investir US$ 14,7 bilhões para construir uma nova fábrica para produção de chips na Coréia do Sul, para manter a liderança em chips de memória e escapar de um iminente recessão em seu negócio de smartphones.
Segundo a empresa, a construção da nova fábrica terá início no próximo ano, com o início das operações em 2017. A nova fábrica será localizada em Pyeongtaek, uma cidade ao sul de Seul, afirma o Wall Street Journal.
A unidade de chips da Samsung está se tornando cada vez importante para o seu crescimento de lucros, enquanto o seu negócio de smartphones, que responde por cerca de 60% do lucro operacional total, continua a sofrer com a intensificação da concorrência de fabricantes de celulares chineses de baixo custo.
Conforme aponta o The Economist, a margem global de mercado da companhia sul-coreana despencou a cerca de um terço de seu tamanho desde o início de 2014. Conforme analistas, se a companhia não tivesse reduzido preços e investido em marketing, a queda frente à voraz competição de marcas chinesas como Xiaomi seria maior ainda.
Isso sem contar a competição na ponta de cima do mercado. Está cada vez mais difícil para a Samsung competir no segmento com a soberana Apple, que recentemente lançou os novos iPhones, para novamente bater recordes de venda.
"Para completar, à medida que o mercado de smartphones chega a um ponto de saturação, o crescimento da indústria como um todo está desacelerando", afirmou o periódico britânico.
Analistas esperam que a demanda por chips de memória da Samsung continue forte para o resto do ano, em meio a oferta global apertada.
Os tipos de chips que serão produzidos na nova fábrica ainda ainda devem ser escolhidos pela Samsung. A concorrência da companhia com a Taiwan Semiconductor Manufacturing deve se intensificar nos próximos anos, à medida que competem para fazer chips de lógica para iPhones, da Apple.
Os chips de lógica são semicondutores que processam decisões, ao invés de armazenar memória, para operar dispositivos. Os microprocessadores, considerados o cérebro de um smartphone, são um tipo de chip de lógica.
A capacidade de gastar muito, graças a sua bolada de US$ 60 bilhões, permitiu à empresa manter sua posição de liderança na produção de chips de memória.