
Semicondutores em alta. Foto: divulgação.
O mercado global de semicondutores deve fechar 2014 no azul segundo o Gartner. Para a consultoria, o segmento deve bater nos US$ 336 bilhões em faturamento no ano, um aumento de 6,7%.
O prognóstico supera inclusive a previsão anterior do Gartner, que estimava um índice de crescimento de 5,4% para o ano um avanço bastante alto relação ao percentual de 0,8% registrado em 2013. Entretanto, o crescimento trimestre a trimestre está superando as expectativas.
Um exemplo deste faturamento vem da TSMC, um das maiores foundries de chips do mundo, que deve anunciar um superávit de mais de 20% em seu segundo trimestre.
De acordo com Bryan Lewis, vice-presidente de pesquisa no Gartner, o crescimento do mercado de semicondutores em 2014 está espalhado para diversos tipos de chip e de aplicações", destacou.
"Os chips DRAM devem liderar novamente em 2014 com um crescimento anual de 18,8%, mas outras áreas também estão indo bem, como analógicos, FPGAs, ASICs, e sensores nonópticos. Os ASICs são usados pela Apple, com expectativa de grandes vendas com o novo iPhone e também se beneficiarão com as vendas dos videogames de última geração como Playstation 4 e Xbox One", diz o executivo.
No caso dos chips DRAM (usados para memória), 2014 deve contabilizar vendas de US$ 1 bilhão. No entanto, como o segmento de memória tem ciclos acentuados de alta e baixa, a previsão é de que este tipo de chip deve ter queda em 2015, afetando o desempenho do mercado de semicondutores como um todo.
Mesmo assim, para o Brasil, a notícia é boa. Empresas como HT Micron, sediada em São Leopoldo, e a mineira Six realizaram grandes investimentos para impulsionar a produção local.
Com um investimento de R$ 110 milhões, a HT inaugurou em maio a sua fábrica, com capacidade máxima de 360 milhões de chips/ano, com o qual pode atender a cerca de 25% da demanda nacional por estes produtos – um mercado que movimenta cerca de US$ 25 bilhões no país.
Já a Six arrematou no mês ado, por € 18 milhões, a fábrica de chips sa LFoundry Rousset, que foi a leilão devido a falência. O plano da Six, controlada pelo bilionário argentino Eduardo Eurnekian, é trazer o maquinário adquirido na transação para o Brasil, assim como propriedades intelectuais da empresa européia, como os chips LF150 CMOS.