
Zynga em baixa. Foto: divulgação.
A Zynga, desenvolvedora de jogos para redes sociais, realizou cortes em sua operação, demitindo 520 pessoas, 18% de seu quadro de funcionários.
Segundo destaca o The Verge, a empresa criadora de jogos como Farmville planeja reduzir as suas despesas anuais em até US$ 80 milhões, ante ao prejuízo de US$ 26 milhões esperado no trimestre com as demissões.
A leva de demissões também levou a empresa a reduzir suas expectativas de rendimento no segundo trimestre, ficando abaixo dos US$ 180 milhões, que era o esperado no início do ano.
Outros indicadores podem ficar como previstos anteriormente incluindo receita (US$ 225 milhões a US $ 235 milhões), resultado por ação (negativo entre US$ 0,03 e US$ 0,05), Ebitda ajustado (entre zero e prejuízo de US$ 10 milhões), resultado por ação ajustado (negativo entre US$ 0,03 e US$ 0,04).
SEM O FACEBOOK
No início do ano, a Zynga tomou uma decisão para mudar sua operação, mas que pode ter dificultado a sua vida, pelo menos na parte comercial. A empresa anunciou uma reformulação em sua plataforma de jogos, desvinculando seus games do Facebook, fonte onde fez a sua fama desde sua fundação, em 2007.
Com a mudança, os usuários aram ar os jogos através do site oficial da produtora, sem vinculá-los necessariamente à rede social.
Agora com a possibilidade de trabalhar com um próprio em seu site oficial, a produtora quis promover a sua plataforma social exclusiva, criando um ambiente de comunidades de interesse em torno de seus títulos.
A Zynga assumiu um grande risco ao fazer esta mudança, segundo destacam analistas. Boa parte do sucesso dos jogos da Zynga é ligada à popularidade do Facebook e ao fato de rodarem dentro da rede social.
Em 2012, 80% da receita da empresa vinha dos jogos na rede. Por exemplo, o sucesso Farmville chegou a atrair mais de 82 milhões de jogadores em um único mês no Facebook.
No entanto, o fato de ter seus jogos atrelados à rede social limitou a Zynga em outros mercados de sucesso, como o crescimento dos jogos em dispositivos móveis. A dependência do Facebook vinha limitando o uso de multiplos dispositivos.