Carlos Pessoa. Foto: divulgação.
O governo do Paraná usará indicadores de Business Intelligence (BI), desenvolvidos pela Celepar, para mapear e encontrar cidadãos que ainda não possuem RG nos sistemas do estado.
A ferramenta BI usará dados reados pelo Ministério Público Federal e coletados pelas secretarias estaduais da Educação, Segurança Pública e da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos.
Para detectar a base de cidadãos sem RG, a empresa desenvolvou robôs de verificação para varrer as bases das secretarias, cruzando informações com o Instituito de Identificação paranaense, verificando com precisão quem ainda não tem RG.
Segundo dados do governo paranaense, devido à falta de informações, ainda não é possível estimar o número de pessoas que não possui documento de identidade.
A plataforma, criada pela própria Celepar, já é utilizada para o levantamento de indicadores nas diferentes verticais do governo - no caso, as secretarias - mas agora o desafio é fazer o cruzamento de referências destes dados.
"Este é o plano, mas precisamos de parâmetros para fazermos estes cruzamentos. O RG é um deles, por isso que estamos agora organizando esta base de dados, identificando pessoas sem RG e registros duplicados", afirmou o coordenador do Centro Integrado de Informações da Celepar, Carlos Pessoa.
Para o coordenador do centro, local responsável por monitorar e organizar todos os dados levantados pela ferramenta de inteligência, este trabalho é fundamental para o plano do governo, que é horizontalizar o uso destas informações, reunindo diferentes informações de um cidadão em um cadastro único.
"As verticais estão inseridas, mas falta integrar. Primeiramente estamos fazendo um trabalho de auditoria de dados, e depois vem a consolidação destas informações", explicou.
Segundo destaca Pessoa, o uso de BI para identificar cidadãos não registrados não tem um prazo definido para sua conclusão, até mesmo pelo fato que não há dados precisos sobre o número de paranaenses sem RG.
"Trabalhamos sob os objetivos de desenvolvimento para o milênio, e um deles é a inclusão social. Segundo prevê a ONU, a meta é atingir estes resultados até 2015. Trabalhamos com este projeto", afirma o coordenador.