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Foto: Deposit Photos.
A Unico, player de destaque em biometria facial e digital, acaba de demitir cerca de 110 pessoas, o que representa 10,5% de sua força de trabalho.
De acordo com o site Startups, os cortes atingiram áreas variadas da companhia, entre elas produto, design e marketing.
Em nota, a IDTech confirmou os desligamentos, alegando que eles fazem parte de um movimento focado na eficiência operacional.
“Focada na entrega consistente de seu ecossistema de produtos, a empresa tem investido na seniorização de seus times e na eficiência operacional, alterando estruturas e processos. Soma-se a esse movimento a priorização de iniciativas alinhadas às novas necessidades do mercado”, afirmou a Unico no comunicado.
Para os funcionários desligados, a companhia afirmou que fornecerá extensão do plano de saúde, odontológico e seguro de vida por até seis meses.
Em outubro, a Unico já havia demitido cerca de 50 profissionais, ou quase 5% do seu quadro total de funcionários, que girava em torno de 1 mil pessoas.
Na época, a startup contou que estava fazendo uma “reorganização de seu setor de vendas e clientes”, visando “consolidar a governança da empresa e dar maior eficiência e clareza aos times”.
Em contrapartida, a companhia está investindo em contratações na área de tecnologia. No segundo semestre de 2022, a Unico contratou mais de 50 pessoas, incluindo nomes como Nelson Mattos, Davi Reis e Bruno Maciel Fonseca, ex-Google e ex-Loggi.
A IDTech afirma que pretende manter um fluxo de contratações para seus times de tecnologia e outras posições-chave.
De uns tempos para cá, uma série de startups promissoras aram por reorganizações do tipo.
O movimento provavelmente tem a ver com o fato de que os fundos de investimento que financiam o crescimento de empresas de tecnologia estão muito mais seletivos nos seus aportes no novo quadro econômico.
A Unico vinha se saindo muito bem nas suas captações. No final de 2020, levantou R$ 580 milhões com SoftBank e General Atlantic. Em abril de 2021, foram mais US$ 100 milhões em rodada liderada pelo Goldman Sachs.
A empresa fechou 2021 com uma receita recorrente anual (ARR) de R$ 420 milhões, 180% a mais que no ano anterior.