
Demanda em alta na Alemanha. Foto: Depositphotos.
A Alemanha precisa “importar” 338 mil profissionais de TI até o ano de 2040 para atender a demanda da indústria de tecnologia do país.
A conta foi feita pela Bitkom, a maior entidade do setor de tecnologia do país, em um estudo aprofundado com sugestões de medidas para o governo lidar com o problema.
Segundo a Bitkom, a Alemanha atrai anualmente 13 mil de profissionais de fora do país, vindo tanto de outros países da União Europeia (com o facilitado ao mercado de trabalho alemão) como do resto do mundo (com necessidade de vistos de trabalho).
Recentemente, o país aprovou a Lei de Imigração de Especialistas (a famosa Fachkräfteeinwanderungsgesetz), por meio da qual a expectativa é agregar outros 8 mil profissionais de TI por ano, a metade vindos de países da UE e a outra metade do resto do mundo.
“Nós não vamos conseguir fechar a conta do número de profissionais de TI sem tornar o país mais atrativo para imigrantes”, resume o presidente da Bitkom, Ralf Wintergerst.
Para a Bitkom, a Alemanha tem que ser muito mais agressiva nos seus esforços para atrair profissionais, apostando em campanhas de marketing internacionais e digitalizando os processos para obtenção de vistos.
É possível que o número de profissionais que o país tenha que atrair do exterior seja ainda maior, porque o número de 338 mil faz parte de uma conta mais ampla da Bitkom, incluindo outras medidas para tapar o buraco total, estimado em 663 mil profissionais.
Assim, a Bitkom também calcula que a Alemanha poderia recrutar outros 129 mil profissionais dentro do próprio país, estimulando a troca de carreiras, mais 68 mil estimulando aposentadorias mais tardias (a idade mínima no país é 65 anos), e por aí vai.
EM INGLÊS
Para quem leu a palavra Fachkräfteeinwanderungsgesetz e ficou com medo, vale lembrar que o setor de TI na Alemanha funciona em boa parte em inglês, segundo um outro estudo da Bitkom.
Um estudo do ano ado apontou que o inglês é o idioma oficial de mais da metade (54%) das startups de tecnologia da Alemanha.
Uma cifra um pouco maior (59%) não pede domínio de alemão para profissionais especializados.