USINA

Angra 1 analisa vida útil de equipamentos com IA i928

Software desenvolvido pela UFRJ é operado pelo corpo técnico da Eletronuclear. 3v4f1n

24 de janeiro de 2025 - 13:18
Usina de Angra dos Reis - Foto:Tomaz Silva - Agência Brasil

Usina de Angra dos Reis - Foto:Tomaz Silva - Agência Brasil

A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras focada em operar e construir usinas termonucleares, adotou um software desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para analisar o tempo de vida útil de equipamentos utilizados na Angra 1, primeira usina nuclear brasileira.

Baseado em inteligência artificial, o chamado Sistema de Vida Qualificada (SVQ) foi desenvolvida no Laboratório de Monitoração de Processos (LMP) da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia da universidade (Coppe-UFRJ) e é operado pelo corpo técnico da Eletronuclear.

O software calcula e estima o histórico de temperatura dos equipamentos elétricos e de instrumentação e controle usados na segurança da usina considerando sua exposição a ambientes com calor excessivo.

Para isso, foram utilizados históricos de sensores de temperatura instalados na usina entre 2015 e 2020, além do histórico de temperatura ambiente no interior do edifício do reator. Esses dados foram coletados no Sistema Integrado de Computadores de Angra (SICA), também desenvolvido pelo LMP.

A metodologia utilizada pelo SVQ se baseia em redes neurais profundas ,modelo de aprendizado utilizado por softwares inspirado na forma como o cérebro humano processa informações.

Segundo a Eletronuclear, o uso da IA foi determinante para estabelecer padrões e reproduzir dados históricos de temperatura de componentes utilizados em Angra 1 antes da instalação dos sensores.

Essa ação permitiu calcular a vida útil dos componentes com uma margem de erro de 2 graus Celsius (ºC) em 89% dos casos estudados. 

Ainda de acordo com a empresa, o estudo foi fundamental para a renovação da licença de operação da usina nuclear Angra 1 por mais 20 anos. A renovação, obtida junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), possibilitou que a usina continue suas operações até dezembro de 2044.

A Usina Nuclear de Angra dos Reis foi idealizada na década de 1960 para diversificar a matriz energética brasileira. Com início em 1972, a Angra 1 começou a operar somente em 1985. 

Sua infraestrutura conta com um reator de água pressurizada (PWR). Com uma potência instalada de 640 megawatts, ela é suficiente para atender uma cidade com 2 milhões de habitantes.

Em 2023, a usina gerou 4,78 milhões de MWh, com um fator de carga de 88,24%, equivalente a 322 dias de operação em capacidade máxima por ano.

Foram construídas também a Usina Angra 2, que opera desde 2001, e Angra 3, cuja construção foi iniciada em 1984. Após várias paralisações, as obras foram retomadas e a previsão é que entre em operação até 2028.

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