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A Apple estaria planejando transferir a montagem de mais de 60 milhões de iPhones anualmente, destinados ao mercado dos Estados Unidos, para a Índia, em busca de depender menos da fabricação chinesa, até o final de 2026.
Após quase duas décadas de investimentos na manufatura chinesa, a companhia precisará dobrar a produção na Índia. Os principais fornecedores da empresa na Índia atualmente são a Foxconn e Tata, que já enviaram quase US$ 2 bilhões em aparelhos para os Estados Unidos.
A Apple possui três fábricas na Índia e, no mês ado, chegou a estender temporariamente a operação aos domingos na maior fábrica da Foxconn no país.
Como parte do esforço, a empresa também fretou voos de carga para transportar 600 toneladas de iPhones, cerca de 1,5 milhão de aparelhos, para os Estados Unidos, para garantir estoque suficiente no país natal da marca.
A decisão ocorre em meio a uma guerra comercial com a China, iniciada pelo presidente americano Donald Trump desde quando tomou posse no início deste ano.
O conflito já eleva a taxa de exportações chinesas para os Estados Unidos em até 245% e as taxas de importações estadunidenses para a China em 125%.
O impacto fez com que a participação da Apple no mercado de celulares da China caísse de 15,6% para 13,7% no primeiro trimestre deste ano, rebaixando a marca ao quinto lugar no ranking do país.
Segundo o The Guardian, o processo de fabricação dos iPhones é complexo e envolve mais de 1 mil componentes vindos de vários lugares do mundo, a maior parte da China, onde cerca de 90% dos aparelhos são montados.
No início de abril, entretanto, Trump ofereceu uma isenção temporária para smartphones. Ainda assim, iPhones feitos na China estão sujeitos a uma tarifa separada de 20%, aplicada a todas as importações vindas da China. Hoje, as importações da Índia enfrentam uma tarifa de apenas 10%.